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Angola: Confiança dos empresários caiu para nível mais baixo de 2008

A confiança dos empresários em Angola caiu em abril e junho para o nível mais baixo desde 2008, segundo um estudo do INE angolano, confirmando que "os gargalos ao desenvolvimento mantêm-se", segundo a Economist Intelligence Unit (EIU).

Angola: Confiança dos empresários caiu para nível mais baixo de 2008
Notícias ao Minuto

12:50 - 18/09/16 por Lusa

Economia EIU

"Angola pode fazer muito pouco por si própria para subir o preço do petróleo, mas podia estar a fazer mais para lidar com outros constrangimentos ao ambiente empresarial", comentaram os peritos da unidade de análise da revista britânica 'The Economist'.

Numa nota enviada aos investidores, e a que a Lusa teve acesso, os analistas admitem que "alguns esforços para reduzir a burocracia e os custos [de contexto] estão em curso", exemplificando com a nova lei do investimento privado e a criação da Agência para a Promoção do Investimento e Exportações de Angola, mas sublinham que as dificuldades no desenvolvimento empresarial permanecem.

"A corrupção endémica tem um efeito dissuasor, e os gastos em Educação continuam baixos, o que significa que as empresas têm dificuldades em encontrar trabalhadores qualificados" e, por causa disso, "o país está no 181.º lugar numa lista de 189 economias analisadas no relatório deste ano do Banco Mundial 'Doing Business'.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatísticas de Angola, citados pela EIU, o estudo apresentado pelo INE contou com a participação de 630 empresas, que mostraram que o indicador sobre a confiança dos empresários, que está negativo desde 2015, registou um nível histórico de 34 pontos negativos, depois de ter estado nos 19 pontos no fim de 2014 e 31 no final de 2009.

"Das várias áreas analisadas, a confiança era mais baixa no setor da construção (-66 pontos), seguido do turismo, com -52 e do comércio (-41), sendo que nenhum setor tinha uma perspetiva de evolução positiva", lê-se no documento.

Entre as principais razões apontadas, segundo a EIU, estão as interrupções no fornecimento de energia, as dificuldades no acesso ao financiamento bancário, os altos níveis de burocracia, a falta de mão de obra qualificada e de matérias-primas e a queda na procura.

Angola enfrenta desde final de 2014 uma profunda crise económica, financeira e cambial decorrente da forte quebra nas receitas petrolíferas. Em menos de dois anos, o país viu o barril exportado passar de mais de 100 dólares para vendas médias, no primeiro semestre deste ano, de 36 dólares por barril, segundo dados do Ministério das Finanças, o que afetou de forma profunda a economia do país.

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