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Embraer anuncia férias coletivas devido à desaceleração da procura
A fabricante aeronáutica brasileira Embraer, que tem unidades fabris em Portugal, anunciou hoje que "alguns setores da empresa" no Brasil "entrarão em férias coletivas a partir de outubro", devido à desaceleração da procura.
© Reuters
Economia Brasil
Sem avançar o número de quantos trabalhadores estão envolvidos, a assessoria da Embraer respondeu à agência Lusa que a empresa estuda impor férias coletivas, mas só no Brasil.
Segundo uma nota da Embraer, "as férias coletivas são uma antecipação das férias regulares do empregado, seja do período aquisitivo atual ou do seguinte, e todos os direitos são pagos normalmente".
"A medida visa adequar o ritmo de produção à desaceleração da demanda", justificou a companhia, lembrando que "na divulgação de resultados do último trimestre, a empresa revisou as suas estimativas de entregas de aeronaves e receitas para o ano".
A 29 de julho, a empresa deu conta que teve um prejuízo líquido de 337,3 milhões de reais (90,6 milhões de euros) no segundo trimestre, contrariando o resultado positivo do mesmo período do ano passado
"Desde o início de agosto, a Embraer vem adotando uma série de medidas de redução de custos, visando superar o cenário desafiador enfrentado hoje pela indústria aeroespacial e garantir a perenidade da empresa. A Embraer acredita e trabalha pela superação desse momento", lê-se ainda no comunicado.
O anúncio das férias coletivas acontece um dia depois de a empresa ter informado que 1.470 funcionários aderiram ao programa de rescisões voluntárias da empresa.
O programa foi anunciado a 08 de agosto e, na altura, a assessoria do terceiro maior fabricante de aviões comerciais do mundo disse à agência Lusa que o objectivo era reduzir, com várias medidas, as suas despesas anuais em cerca de 200 milhões de dólares (177,8 milhões de euros).
Na ocasião, a empresa referiu que também estava a estudar formas de otimização de custos nas sucursais em todo o mundo.
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