CFP estima que economia cresça 1% este ano e 1,3% em 2017
O Conselho de Finanças Públicas (CFP) estima que a economia portuguesa cresça 1% este ano e 1,3% no próximo, abaixo do previsto pelo Governo, considerando que é "bastante visível" que a estratégia do executivo "não funcionou".
© Reuters
Economia Relatório
Na atualização relatório 'Finanças Públicas: Situação e Condicionantes 2016-2020' divulgada hoje, o CFP, partindo de um cenário de políticas invariantes, ou seja, em que se mantêm todas as medidas legisladas até ao momento, projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) avance 1% este ano e 1,3% no próximo.
No Programa de Estabilidade 2016-2020, apresentado em abril, o Governo estimava um crescimento económico de 1,8% este ano e de 1,8% em 2017.
"Pergunta-me se a estratégia económica não funcionou: penso que, infelizmente, está bastante visível que não funcionou", afirmou a presidente do CFP, Teodora Cardoso, numa conferência de imprensa para apresentação do relatório.
Lembrando que a estratégia passava pelo estímulo da procura interna e do consumo privado - que estimulariam o investimento -, a economista apontou a falta de confiança: "As pessoas já não estão seguras de que estas coisas não venham a reverter-se de novo".
No relatório, o CFP aponta a "fraqueza da procura externa e uma subida dos preços inferior, ao mesmo tempp que o próprio consumo privado apresente um crescimetno claramente inferior ao que poderia ser expectável em resultado do aumento do rendimento disponível".
O CFP sublinha "a insuficiente confiança numa retoma sustentada do crescimento económico afetou especialmente o investimento", estimando agora uma quebra (-0,3%) na Formação Bruta de Capital Fixo contra a projeção de 4,9% do Governo inscita no Programa de Estabilidade.
Segundo as projeções do CFP, a economia portuguesa deverá crescer 1,5% em 2018, 1,5% em 2019 e 1,4% em 2020, contra as previsões do Governo que apontam para 1,9%, 2% e 2,1% nesses três anos, respetivamente.
"Temos sempre um crescimento inferior ou igual a 1,5% ao ano, o que é muito insuficiente para os objetivos da política económica em Portugal", considerou Teodora Cardoso.
[Notícia atualizada às 14h25]
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