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Peso da dívida nacional aumentou numa emissão abaixo das expectativas

Títulos nacionais a sete e 21 anos seguiram a tendência europeia recente e sentiram maior pressão dos investidores. Mais uma vez a procura superou largamente a oferta, mas as taxas de juro finais acabaram por ser mais pesadas para o Estado e o valor total emitido não atingiu o previsto.

Peso da dívida nacional aumentou numa emissão abaixo das expectativas
Notícias ao Minuto

10:52 - 14/09/16 por Bruno Mourão

Economia Leilão

Já se esperavam alguma dificuldades no regresso português ao mercados, tendo em conta os mais recentes números de exportações e crescimento e as palavras de Mário Centeno à CNBC que tantas questões levantaram em Portugal e no estrangeiro, e os mercados trataram de confirmar os receios.

Na emissão de dívida organizada pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) esta manhã, os investidores mostraram um elevado interesse nas duas linhas de Obrigações do Tesouro disponíveis, mas tanto a sete como a 21 anos, os custos de financiamento ficaram acima do que tem sido normal.

Nas OT a sete anos, o Estado português conseguiu colocar 500 milhões de euros nas mãos dos investidores em troca de uma taxa média de 2,817% e a procura foi 1,86 vezes superior à oferta; nos títulos a 21 anos, o montante emitido foi de 250 milhões de euros com uma taxa de 4,04%. No total, o IGCP conseguiu vender apenas 750 milhões de euros, claramente abaixo do objetivo de mil milhões de euros assumido antes da emissão desta manhã.

"Nos últimos dias, toda a dívida europeia viu os prémios de risco a aumentar. A dívida portuguesa segui essa tendência e, como a economia nacional encontrar numa posição mais frágil, o risco agrava-se mais", explica Filipe Silva, do Banco Carregosa, antes de se debruçar sobre cada um dos leilões de hoje: "Na dívida a 7 anos, a taxa saiu em linha com o que estava ser feito no mercado mas não temos uma emissão recente que possa servir de comparação. Na dívida a 21 anos, a taxa subiu face aos 3,77% conseguidos em Junho, numa operação que envolveu dívida com o mesmo prazo".

Quanto ao facto do valor emitido ter ficado abaixo do previsto, o gestor de ativos parece despreocupado: "A procura foi boa e o facto de termos emitido um montante no limite mínimo desejado, quando costuma ser junto ao máximo pode dizer apenas que o IGCP não quis colocar mais dívida".

"Apesar da subida da taxa, são níveis baixos face ao histórico da dívida portuguesa", conclui Filipe Silva.

[Notícia atualizada às 11h10]

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