Afinal, podem ser os EUA a pagar as dívidas da Apple à Irlanda
Protecionismo do código fiscal norte-americano deverá permitir à empresa de Tim Cook total margem de manobra no pagamento dos valores que a Comissão Europeia considerou estarem em falta.
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Economia Fisco
A Apple garante que cumpriu todas as regras ao pagar taxas de impostos quase inacreditavelmente baixas e o Estado irlandês parece estar mais interessado em manter a relação com a marca da maçã do que em cobrar aquilo que é devido, mas o certo é que Bruxelas decidiu que a Apple deverá pagar 13 mil milhões mais juros em impostos devidos à República da Irlanda.
A batalha fiscal promete continuar nos tribunais, mas mesmo que a Apple seja obrigada a pagar a totalidade dos impostos, o código fiscal norte-americano permite uma série de facilidades que devem permitir um impacto zero nas contas da companhia de Tim Cook.
Segundo a Bloomberg, graças ao código fiscal protecionista dos Estados Unidos, as empresas podem reclamar pagamentos de impostos no estrangeiro como créditos fiscais em território norte-americano; na prática, mesmo que a Apple desembolse o dinheiro na República da Irlanda, vai depois deixar de pagá-lo nos Estados Unidos e conseguir um balanço nulo para as próprias contas.
Para além desta vantagem, a empresa de Tim Cook pode também evitar o pagamento de impostos sobre os lucros no estrangeiro desde que não os transfira para os Estados Unidos. Foi desta forma que a Apple montou uma alegada rede de evasão baseada em paraísos fiscais que permite depósitos de milhares de milhões de dólares em lucros com taxas de impostos próximas de zero, ao invés dos 35% cobrados nos Estados Unidos.
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