Acionistas do BPI não têm de fazer novo registo para participar na AG
O BPI informou hoje os acionistas que participaram na assembleia-geral desta semana, que foi suspensa, que não têm de fazer qualquer formalidade para estarem presentes na reunião de dia 21, que discutirá o fim dos limites de voto.
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Economia CMVM
A informação consta no comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) em que o BPI informa da nova sessão da assembleia-geral, pelas 10h00 de 21 de setembro, na Fundação de Serralves, no Porto.
A 22 de julho realizou-se a assembleia-geral do BPI para alteração de estatutos na parte referente aos direitos de voto, que faz com que atualmente cada acionista não possa votar com mais de 20% mesmo que detenha uma posição acionista superior.
No entanto, desde então, essa reunião magna já foi adiada por duas vezes.
O primeiro adiamento aconteceu por, durante a reunião de 22 de julho, ter sido conhecido que o tribunal aceitou a providência cautelar do acionista Violas Ferreira Financial no sentido de não poder ser votada a proposta de alteração de estatutos apresentada pelo Conselho de Administração.
Então os trabalhos foram remarcados para 6 de setembro. Contudo, na reunião desta semana foi novamente decidido pelos acionistas (com 91% dos votos expressos) adiar os trabalhos para 21 de setembro por ainda não existir decisão da Justiça sobre a providência cautelar.
A assembleia-geral foi então novamente suspensa e adiada para 21 de setembro, mas nada garante que nessa data os acionistas já possam tomar uma decisão, uma vez que não há qualquer prazo limite para o tribunal se pronunciar sobre a providência cautelar, podendo assim continuar o imbróglio jurídico em que o banco vive desde há quase dois meses.
A questão da desblindagem de estatutos tornou-se um assunto fraturante no BPI devido à 'guerra' que opõe os principais acionistas, o espanhol CaixaBank e a angolana Santoro, e que começou por causa da necessidade de reduzir a exposição do banco a Angola, exigida pelo Banco Central Europeu (BCE), e onde o BPI tem o Banco Fomento Angola (BFA).
No entanto, esse assunto relevou também a falta de concertação entre os dois acionistas na estratégia para o banco português.
O fim da limitação aos direitos de voto é ainda condição imposta pelo banco espanhol para avançar com a compra do banco, na sequência da Oferta Pública de Aquisição (OPA) anunciada no início do ano e atualmente em curso.
A administração do BPI já fez saber publicamente que é a favor da desblindagem de estatutos, o que a coloca ao lado do CaixaBank, mas contra Santoro e a família Violas, o maior acionista português do banco.
O BPI tem como principal acionista o grupo espanhol Caixabank, que detém cerca de 45% do capital social.
O segundo maior acionista é a angolana Santoro, com 18,6%, os quais se relacionam com os 2,28% que o Banco BIC tem no BPI, uma vez que ambas as empresas têm Isabel dos Santos como acionista de referência.
Já a seguradora Allianz tem 8,4% e a família Violas 2,68%.
As ações do banco fecharam hoje, na bolsa de Lisboa, a cair 0,85% para 1,05 euros.
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