CGTP reivindica aumentos salarias e de pensões para todos
O secretário-geral da CGTP reivindicou hoje aumentos salariais e de pensões para todos os portugueses, independentemente dos setores a que pertencem, para compensar as perdas dos últimos anos e fomentar o crescimento da economia.
© Notícias ao Minuto
Economia Arménio Carlos
"O aumento dos salários tem que ser uma referência para todos e ninguém pode ficar de fora", disse Arménio Carlos em conferência de imprensa, referindo os trabalhadores da Administração Pública.
A CGTP aprovou hoje a sua proposta reivindicativa para 2017, que prevê aumentos salariais de 4%, que garantam um mínimo de 40 euros a cada trabalhador, e o aumento do salário mínimo nacional (SMN) para os 600 euros.
Na conferência de imprensa em que o documento foi divulgado, o líder da CGTP referiu, a propósito, que os salários caíram 8% entre 2010 e 2015, ao mesmo tempo que a inflação cresceu 8,4% e a produtividade aumentou 4,5%, e que, por isso, está na altura de inverter a situação.
"Se houver um aumento generalizado dos salários e pensões, o crescimento económico será maior, haverá mais investimento e mais emprego", disse o sindicalista.
Arménio Carlos defendeu ainda a necessidade de se aumentar o Indexante de Apoios Sociais (IAS), "porque há muitos anos que permanece nos 419 euros".
"É importante também que seja assegurada proteção social a todos os desempregados, para acabar com a situação inimaginável de que se vive atualmente, em que quase dois terços dos desempregados não têm qualquer proteção", acrescentou.
A valorização dos salários e o combate à pobreza e à exclusão social são os pontos fortes da proposta reivindicativa que vai servir de referência aos sindicatos da CGTP.
Na proposta reivindicativa, a central sindical salienta a quebra verificada no peso dos salários nos últimos 15 anos, passando de 37,4% do valor do PIB em 2000, para 33,6% em 2015.
A reposição de direitos, o combate à precariedade, a redução do horário de trabalho e o respeito pela contratação coletiva são outras das reivindicações defendidas pela Inter na sua proposta.
O secretário-geral da Intersindical anunciou para a última semana deste mês uma semana de esclarecimento e dinamização dos trabalhadores em tornos das suas reivindicações, para pressionar as empresas a negociá-las.
O Conselho Nacional da Inter aprovou hoje também o lançamento de uma petição em defesa do direito à negociação coletiva, cujas assinaturas serão entregues no parlamento em novembro.
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