Associação defende que fim do roaming prejudica portugueses
Em causa está o reduzido número de dias que os portugueses passam de férias lá fora.
© Reuters
Economia Telecomunicações
A Associação dos Operadores de Comunicações Eletrónicas (APRITEL) considera que a imposição da eliminação de quaisquer diferenças de preços entre os serviços de roaming e os serviços domésticos (RLAH – roaming like at home) promove distorções com impacto negativo.
Para a associação, a medida imposta pela Comissão Europeia, e que deve entrar em vigor a partir de junho de 2017, prejudica Portugal no sentido em que o roaming é um serviço usado por uma minoria.
“A proposta da Comissão quanto à PUR parece ser muito permissiva, uma vez que contempla um número muito elevado de dias e não impõe quaisquer restrições em termos de volumes de consumo em roaming a preços domésticos”, escreve a APRITEL em comunicado.
Na base da sua teoria, a associação lembra que a medida estabelece 90 dias de limite anual para o número de dias durante os quais os clientes podem usufruir de roaming a preços domésticos, um valor que “extravasa o número médio de dias em viagens no EEE” que é de apenas 5,7 dias, em média.
Em comunicado, a que o Notícias ao Minuto teve acesso, lê-se ainda que estudos realizados concluem que apenas 15% da população passa férias no estrangeiro. “A aplicação desta medida irá assim beneficiar apenas 15% dos portugueses durante os cerca de 5,7 dias em que em média viajam por ano, gerando prejuízos para os restantes dias e para a restante população”.
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