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Wall Street fecha em alta ligeira
A bolsa nova-iorquina fechou hoje em alta ligeira, no dia em que foram conhecidos os números do emprego nos EUA, interpretados como podendo contribuir para um adiamento da subida da taxa de juro pela Reserva Federal (Fed).
© Lusa
Economia Bolsas
Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones Industrial Average valorizou 0,39% (72,66 pontos), para as 18.491,96 unidades, e o Nasdaq 0,43% (22,69), para as 5.249,90. Da mesma forma, o índice alargado S&P 500 avançou 0,42% (9,12), para os 2.179,98 pontos.
"Os números de hoje sobre o emprego levam a pensar que as taxas de juro (nos EUA) não vão ser subidas em setembro, uma vez que a criação de emprego foi menos numerosa do que previsto", resumiu Peter Cardillo, economista-chefe do First Standard Financial.
O governo dos EUA divulgou números considerados dececionantes sobre o nível da criação de emprego em agosto, quando a Fed tinha feito explicitamente deste relatório um elemento crucial para decidir sobre a limitação do seu apoio à economia durante a sua próxima reunião no final do mês.
Mas Michael James, da Wedbush Securities, garantiu que "os investidores ficaram a conhecer os números sobre o emprego que corresponderam precisamente ao que podiam esperar".
Com uma taxa de desemprego mantida abaixo dos 5%, "os números continuam a ser bons, mas não excelentes", o que poderia encorajar o banco central norte-americano a realizar a sua primeira subida das taxas de juro do ano, admitiu.
Outra explicação possível para esta serenidade dos investidores é a de os números sobre emprego do período estival serem conhecidos pela precaução com que devem ser considerados, o que os sujeita a revisões futuras.
Para mais, depois uma nítida abertura bem alta, 2ª bolsa perdeu força para acabar por se arrastar", sublinhou Cardillo. "É típico das transações antes de um fim de semana prolongado", uma vez que na segunda-feira é feriado nos EUA, "e arriscamo-nos a ter de esperar pela próxima semana para ter uma verdadeira reação aos números do emprego".
Por outro lado, Wall Street, que não reagiu ao anúncio da redução do défice comercial dos EUA nem ao de uma subida das encomendas industriais em julho, beneficiou de uma recuperação do mercado petrolífero, no seguimento de declarações consideradas encorajadoras de dirigentes da Federação Russa sobre uma estabilização da oferta.
"As cotações do petróleo passaram a semana sob pressão", lembrou James, para quem a sua recuperação "traz um apoio psicológico" aos investidores bolsistas.
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