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Cimeira do G20 focada na economia, apesar de conflitos diplomáticos

Num cenário internacional marcado por conflitos diplomáticos e territoriais, a China recebe a cimeira do G20 na cidade de Hangzhou em 4 e 5 de setembro, com uma agenda dominada pela economia mundial.

Cimeira do G20 focada na economia, apesar de conflitos diplomáticos
Notícias ao Minuto

11:52 - 02/09/16 por Lusa

Economia Reunião

A reunião das principais economias mundiais, que decorrerá no Centro de Exposições Internacionais da capital da província chinesa de Zhejiang, terá como tema "Avançar para uma economia mundial inovadora, vigorosa, interconectada e inclusiva".

O objetivo é "construir uma globalização sem setores sociais que se sintam prejudicados" e "elaborar um plano de estímulo para a economia mundial", anunciaram os organizadores chineses.

Durante a cimeira de Brisbane, Austrália, em 2014, os líderes do G20 estabeleceram como meta elevar o ritmo de crescimento dos seus Produtos Internos Brutos para dois por cento, até 2018.

Aquele objetivo é agora ameaçado pelo Brexit, pela volatilidade nos mercados financeiros, pela queda dos preços das matérias-primas e pelo abrandamento das economias da China e de outros países emergentes.

"Confirmamos nove áreas prioritárias e 48 princípios orientadores para reformas estruturais do G20 (...), que serão importantes para alcançar o objetivo traçado em Brisbane", afirmou na semana passada o ministro das Finanças chinês, Lou Jiwei.

O consenso em torno de políticas que estimulem o crescimento mundial contrasta, no entanto, com o agravamento das tensões regionais e divisões geopolíticas.

A guerra na Síria, a crise ucraniana, as disputas territoriais no Pacífico e a instabilidade na península coreana serão os temas fraturantes.

O conflito sírio, que se prolonga desde 2011, divide os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama; Rússia, Vladimir Putin; e Turquia, Recep Tayyip Erdogan.

A recente intervenção turca no país vizinho, onde bombardeia em simultâneo as forças da organização terrorista Estado Islâmico (EI) e os combatentes curdos, aliados dos EUA, veio inviabilizar ainda mais uma estratégia comum.

Ancara e Moscovo, que se opõe à retirada do Presidente sírio, Bashar al Assad, surgem agora mais alinhados.

Também a China está do lado da Rússia no tabuleiro sírio e, recentemente, anunciou que vai prestar assistência humanitária às forças armadas sírias.

Mas Pequim quererá, sobretudo, deixar de fora da agenda as disputas territoriais no Mar do Sul da China e no Mar da China Oriental.

A segunda maior economia do planeta tem vindo a consolidar o seu papel no plano internacional, com iniciativas como um novo banco internacional de investimento ou o gigante plano de infraestruturas "Nova Rota da Seda".

A força da sua economia, o motor da recuperação global, desde a crise financeira de 2008, permitirá ao país reclamar um papel central na gestão dos assuntos internacionais.

Contudo, no plano regional, a postura assertiva adotada pela China, desde que o atual Presidente chinês, Xi Jinping, ascendeu ao poder em 2013, tem sido alvo de protestos por parte de Washington, Japão e vários países do sudeste asiático.

No Mar do Sul da China, a recusa em acatar a decisão de um tribunal internacional, que ditou que as reivindicações chinesas de quase todo o território não têm base legal, é criticado por vários membros do G20.

Já no Mar da China Oriental, a disputa mantida com Tóquio em torno da soberania do arquipélago Diaoyu (Senkaku para o Japão), levou a um renovar de tensões entre os dois países vizinhos.

Outro foco de tensão regional reside na península coreana, onde a decisão da Coreia do Sul de instalar o escudo antimísseis norte-americano THAAD, em resposta ao programa nuclear da Coreia do Norte, resultou no deteriorar das relações com Pequim.

Para os líderes europeus, a cimeira pode ser uma oportunidade para validar o controverso acordo entre Ancara e Bruxelas, que prevê a deportação de refugiados da Europa para a Turquia.

O Presidente francês, François Hollande, a chanceler alemã, Angela Merkel, e Putin, vão também reunir-se para abordar a renovada tensão entre a Rússia e Ucrânia, devido à península da Crimeia, anexada por Moscovo.

A cimeira ficará ainda marcada pela despedida de Barack Obama, que vai reunir-se pela última vez com Xi Jinping.

Os dois estadistas deverão ratificar o acordo do clima, alcançado durante a conferência de Paris (COP21), no ano passado.

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