Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
19º
MIN 13º MÁX 19º

"Políticos têm de assumir as culpas" ou "Brexit pode repetir-se"

O comissário europeu Carlos Moedas avisou quinta-feira que o 'Brexit' pode repetir-se noutros países se os políticos nacionais continuarem a culpar a Europa, considerando que a economia se globalizou, mas a política é cada vez mais local.

"Políticos têm de assumir as culpas" ou "Brexit pode repetir-se"
Notícias ao Minuto

06:17 - 02/09/16 por Lusa

Economia Carlos Moedas

O social-democrata - que foi secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro Passos Coelho - já tinha estado na quinta-feira de manhã na Universidade do Verão do PSD, em Castelo de Vide e à noite voltou a falar para uma audiência de jovens políticos, desta vez do CDS-PP, na abertura da Escola de Quadros dos centristas, que até domingo decorre em Peniche.

"A maior reforma que temos que fazer todos é pensar que aquilo que aconteceu no Brexit pode acontecer noutros países se os políticos nacionais continuarem sempre a culpar a Europa por aquilo que corre mal. E a Europa em vez de ser vista com algo de positivo é vista como algo de punitivo", alertou.

Na opinião do comissário europeu da Investigação, Ciência e Inovação - que partilhou o painel sobre o futuro da Europa com o eurodeputado do CDS-PP Nuno Melo - essa força "entre a política nacional e a política europeia tem uma razão de ser muito simples: a economia globalizou-se mas a política é cada vez mais local".

"É preciso ter nos nossos países políticos que assumem as culpas quando elas são nacionais e que não culpem constantemente a Europa por tudo aquilo que corre mal. Esta é uma das razões maiores das pessoas se afastarem da Europa", defendeu.

O maior perigo que existe hoje na Europa, na opinião de Carlos Moedas, "é o protecionismo, que vem deste extremismo e do populismo", considerando que isto é a repetição da história da Europa e por isso não compreende que a extrema-direita e na extrema-esquerda radical não percebam que "fechar o mundo destrói riqueza e que essa não é a solução".

"A guerra que temos hoje política não é esquerda/direita, mas sim a guerra daqueles que querem fechar a Europa e daqueles que querem abrir a Europa", defendeu.

Para o antigo governante, é preciso estar do "lado dos que querem abrir a Europa", aproveitando o momento para elogiar o partido anfitrião, que considera que tem sido um exemplo desta abertura a políticas que não sejam protecionistas.

Já o eurodeputado do CDS-PP afirmou não ser um federalista, uma vez que não acredita "numa Europa que padronize o que é diferente" porque a velho continente não são, na sua opinião, os Estados Unidos.

"Nós não podíamos dar pior sinal à Europa do que aquele de Dr. António Costa tem dado de cada vez que em reuniões com socialistas europeus, se se senta ao lado de alguém é de Aléxis Tsípras. Pior do que uma geringonça nacional, só mesmo uma geringonça europeia", acusou, já no período das respostas aos jovens centristas.

Carlos Moedas, questionado sobre a crise da banca na Europa, ressalvou que "a união bancária demora um número de anos até ser constituída".

"O que aconteceu na crise foi que nós resolvemos alguns problemas para futuro, mas não conseguimos resolver alguns problemas que já existiam. Mas para o futuro eu acho que a união bancária resolverá todos os problemas das futuras crises, só que ainda está no seu modo incipiente", vincou.

O comissário europeu assegurou ainda que vão continuar com as negociações do Acordo de Livre Comércio e Investimento Transatlântico (TTIP, na sigla inglesa) "porque a Europa não são dois países nem as opiniões dos políticos desses países".

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório