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"Continuo a dizer que é preciso uma grande contenção orçamental"

Presidente da República faz um balanço sobre a situação económica do país.

"Continuo a dizer que é preciso uma grande contenção orçamental"
Notícias ao Minuto

20:19 - 01/09/16 por João Oliveira

Economia Marcelo

Presente em mais uma iniciativa, desta vez na festa dedicada à literatura portuguesa, no Palácio de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa fez uma breve análise à situação económica do país, dizendo acreditar, face as números, num défice na ordem dos 2,5%, tal como espera Bruxelas.

"A emissão da dívida pública correu francamente bem, porque quer a emissão 2021 quer a que tem o prazo que termina em 2026 estiveram em juros abaixo de praticamente todas as emissões desde o início do ano. Da parte dos mercados financeiros, há uma reacção mais favorável que nos últimos meses", começou por dizer Marcelo, sublinhando que "continuo a dizer que é preciso uma grande contenção orçamental".

Menos otimista que o Governo, o Presidente mostrou-se crente num crescimento na ordem dos 1,4%, "mais realista que o 1,8% [de crescimento] que se falou no início do ano". Ainda assim, "se tudo estiver até ao final do ano como está agora, eu acho que chegamos ao défice de 2,5% do PIB no final do ano".

Se o caminho escolhido pelo Executivo, baseado no consumo interno, é ou não arriscado, Marcelo opta por dizer "que todos os caminhos são arriscados", mas só os resultados no final do ano permitirão tirar conclusões.

"Os números mostram, neste momento, que em matéria de pagamentos e balança comercial estamos bem. Mostram que as exportações e o investimento estão àquem do que estava previsto. Mostram que o consumo interno está àquem, mas tem ajudado a aguentar o PIB".

Ainda a propósito da evolução da economia, o chefe de Estado apontou como "um fator um pouco estranho nas contas" o facto de o emprego aparecer "a subir mais do que aquilo que os números do PIB mostram".

"Aqui, de duas uma, ou afinal o emprego não está a subir tanto quanto isso e os números não são verosímeis, ou está mesmo a subir e então isso quer dizer que o PIB pode subir para além daquilo que parecia", considerou, acrescentando: "Vamos ver".

Nestas declarações aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa destacou a última emissão de dívida pública, considerando que "correu francamente bem" e demonstra "que da parte dos mercados financeiros há aqui uma reação mais favorável do que nos últimos meses".

"Agora, continuo a dizer que é preciso uma grande contenção orçamental, é preciso que se confirme esta sensação que temos com o turismo de que o terceiro trimestre foi mais positivo economicamente do que o primeiro e do que o segundo. Vamos esperar", aconselhou.

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