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Fraco crescimento económico e taxas de juro pressionam seguradoras
A débil conjuntura económica e a manutenção das taxas de juro em níveis historicamente baixos são dois fatores que pressionam a rentabilidade e a robustez das seguradoras portuguesas, segundo a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).
© iStock
Economia ASF
"As frágeis perspetivas de crescimento económico e a persistência da conjuntura de baixas taxas de juro continuam a dominar as atenções das empresas de seguros nacionais, em matéria de rentabilidade e solvabilidade", indicou a ASF numa nota informativa relativa aos riscos do setor segurador e dos fundos de pensões.
De acordo com o supervisor, "em Portugal, os riscos associados à conjuntura macroeconómica têm vindo a agravar-se, salientando-se as dúvidas quanto à evolução da execução orçamental de 2016, apesar dos resultados parcelares positivos até à data, e as pressões sobre a rendibilidade e a solvabilidade do setor bancário".
De resto, a ASF apontou também para a conjuntura internacional, assinalando que "em julho, o FMI voltou, pela terceira vez no espaço de um ano, a rever em baixa as previsões de evolução da atividade económica a nível mundial, destacando-se, na última revisão, os efeitos na área do Euro do referendo efetuado no Reino Unido, cujos resultados foram no sentido da sua saída da União Europeia".
Em simultâneo, salientou, "apesar de as medidas de estímulo prosseguidas pelo BCE, reforçadas em março, contribuírem positivamente para a manutenção da estabilidade atual nos mercados financeiros e no acesso ao financiamento dos países mais endividados, os seus efeitos permanecem aquém dos objetivos desejáveis de retoma económica e de aumento dos preços, ao mesmo tempo que favorecem comportamentos de 'search-for-yield' [procura por retorno] e agravam os riscos de reversão súbita das 'yields', dado o atual contexto macroeconómico e geopolítico".
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