STCP aumenta prejuízos no primeiro semestre pressionado por SWAP
A Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) viu os prejuízos agravarem-se no primeiro semestre deste ano para 20,2 milhões de euros face ao homólogo de 2015, quando registou 7,9 milhões de euros, anunciou hoje a empresa.
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Economia Porto
O aumento dos resultados líquidos negativos deveu-se ao pior desempenho dos resultados financeiros, também eles negativos, que se agravaram em 11,9 milhões de euros face ao primeiro semestre do ano passado, explicou a STCP no relatório enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
"Este resultado deveu-se, por um lado, ao ajustamento negativo nos instrumentos financeiros (SWAP) de 6,7 milhões de euros, registado no primeiro semestre do ano, quando o período homólogo de 2015 registou um ajustamento positivo nos instrumentos financeiros (SWAP) de 3,9 milhões de euros, e ao aumento dos juros dos outros instrumentos financeiros (SWAP) em 1,4 milhões de euros, com o respetivo impacto nos gastos financeiros", pode ler-se no relatório semestral.
Em comunicado, a STCP, que em janeiro verá a sua gestão ser assumida por seis municípios do Grande Porto, sublinhou que "conseguiu, na primeira metade do ano, inverter a tendência de perda de procura, transportando 34,4 milhões de clientes - somente menos 2,7% do que no mesmo período de 2015".
"O aumento da produção quilométrica em 2,3% decorre também do processo de admissão de novos motoristas iniciado no final de 2015 e que tem vindo a permitir à operadora rodoviária pública uma melhoria das condições de exploração", realçou o mesmo documento.
No relatório semestral, a STCP destaca que "com a contratação de novos motoristas, a STCP volta a reunir as condições necessárias para reconquistar a confiança dos seus clientes assegurando as garantias de qualidade no serviço às populações".
Os resultados operacionais da operadora foram negativos em 5,2 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, piorando em 5,5% face ao mesmo período de 2015, "em consequência, essencialmente, da redução do rédito das vendas e dos serviços prestados, em linha com a redução da procura verificada no semestre, pela não atualização de tarifas e pela ocorrência de eventos não recorrentes que agravaram os gastos com pessoal em 1,77 milhões de euros".
Por seu lado, "os gastos operacionais foram de 26,85 milhões de euros, tendo registado uma redução de 460 mil euros (1,7%) face ao período homólogo de 2015", segundo o relatório.
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