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Standatd & Poor's admite subir rating da CGD com recapitalização

A agência de notação financeira Standard & Poor's (S&P) anunciou hoje que colocou o seu rating de longo prazo 'BB-' atribuído à Caixa Geral de Depósitos (CGD) sob vigilância, com implicações positivas, admitindo melhorá-lo em um nível.

Standatd & Poor's admite subir rating da CGD com recapitalização
Notícias ao Minuto

20:22 - 31/08/16 por Lusa

Economia Agência

Esta decisão resultou do plano de recapitalização da entidade anunciado pelo ministro das Finanças português, em 24 de agosto, na sequência do acordo alcançado com a Comissão Europeia.

"A recapitalização pode autorizar a CGD a operar com capital mais elevado no futuro", adiantou a agência de rating, para justificar a sua decisão.

A colocação de um rating sob vigilância ('creditwatch', no jargão da empresa) ocorre quando se verifica, ou é esperado, um desvio de uma tendência. Entre as várias ocorrências causadoras destes desvios está precisamente a recapitalização, a par, por exemplo, de referendos ou fusões. Já a perspetiva de um rating ('outlook') refere-se à direção potencial da notação de longo prazo num prazo entre seis meses a dois anos.

A S&P admitiu explicitamente que pode melhorar em um nível a notação da CGD, "se antecipar que o seu rácio RAC (sigla inglesa para capital ajustado do risco) vai aumentar e ser mantido acima dos 5% nos próximos 12-18 meses".

Em 24 de agosto, o Ministério liderado por Mário Centeno informou, através de comunicado, que "o Estado Português fica autorizado a realizar um aumento de capital até 2.700 milhões de euros, a transferir as ações da ParCaixa para a CGD no valor de 500 milhões de euros e a converter 960 milhões de euros de instrumentos de capital contingentes (CoCo's) subscritos pelo Estado em ações".

Ainda segundo este texto, a CGD deverá ainda realizar "uma emissão de instrumentos de dívida com elevado grau de subordinação, de cerca de 1.000 milhões de euros, elegível para efeitos de cumprimento dos rácios de capital regulatório".

A S&P ressalvou agora que o montante final da recapitalização vai depender de uma auditoria interna ao banco.

Em todo o caso, a agência de rating admite que o RAC possa subir dos 4,3% do final de 2015 para se "situar confortavelmente no intervalo 5%-7%".

Também hoje, antes da S&P, a Moody's considerou que a recapitalização da CGD é positiva para os credores do banco público, já que vai ser feita em condições de mercado e respeitando as regras comunitárias.

Segundo Pepa Mori, vice-presidente da unidade de crédito da Moody's, estas características do processo de recapitalização acordado entre Portugal e a Comissão Europeia permitem "evitar qualquer partilha de encargos nos instrumentos de dívida do banco como condição para uma injeção de capital financiada pelo governo".

O reforço de capital também vai reforçar a fraca capacidade de absorção do banco relativamente ao seu alto nível de ativos problemáticos e operações deficitárias, acrescentou o especialista da Moody's.

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