Brasil perde 623.520 postos de trabalho de janeiro a julho
O Brasil perdeu 623.520 postos de trabalho de janeiro a julho deste ano, o pior resultado entre contratações e demissões para este período desde o início da série histórica, em 2002, segundo dados divulgados na quinta-feira.
© Reuters
Economia Emprego
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados mostram que em julho o saldo entre contratações e demissões foi de "94.724 postos de trabalho, o equivalente ao declínio de 0,24%" em relação a junho", lê-se numa nota do Ministério do Trabalho, que compara também com o número de vagas de emprego perdidas em julho do ano passado (157.905).
Em julho, foram registadas 1.168.011 contratações e 1.262.735 demissões.
No acumulado dos últimos 12 meses, o saldo de postos fechados foi de "1.706.459 postos de trabalho, representando uma variação negativa de 4,18%, na comparação com os 12 meses anteriores", segundo a nota do Ministério.
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, entende que a desaceleração demonstra uma recuperação gradual da economia.
"Estamos a perder menos vagas e a tendência para os próximos meses é que essa desaceleração continue e possamos gerar vagas no segundo semestre", disse.
Enquanto a agricultura e a administração pública foram setores com resultados positivos na criação de emprego, as áreas de serviços, construção civil, comércio e indústria de transformação tiveram mais perdas do que ganhos em termos de criação de postos de trabalho formais.
O Brasil enfrenta uma longa recessão e um aumento de desemprego, que atinge atualmente 11,6 milhões de pessoas.
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