Défice caiu 543 milhões de euros até julho
Administrações Públicas conseguiram melhores resultados do que no ano passado. As previsões inscritas no Orçamento do Estado foram ultrapassadas, mas nem tudo são boas notícias.
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Economia DGO
O Estado português continua a ter um défice crónico, alimentado por anos de aumento de despesas e o paradigma parece não ter mudado.
O défice público foi mais pequeno nos primeiros sete meses de 2016 do que no mesmo período do ano passado, menos 543 milhões de euros segundo os cálculos da Direção Geral do Orçamento, mas o reequilíbrio foi conseguido graças ao aumento das receitas e apesar de um crescimento das despesas.
Os resultados são inquestionavelmente mais positivos do que no ano passado com um excedente primário de 316 milhões de euros a inverter o défice na mesma categoria em 2015 e um aumento de 1,9% da receita fiscal, conseguido apesar do crescimento dos reembolsos fiscais.
Segundo um comunicado do Ministério das Finanças enviado ao Economia ao Minuto, a Segurança Social também tem razões para sorrir: "a receita contributiva aumentou 4,3%, principalmente pelo crescimento de 4,5% das contribuições e quotizações para a Segurança Social, refletindo a evolução favorável do mercado de trabalho".
As Finanças destacam também que "a despesa manteve um crescimento inferior ao previsto no Orçamento do Estado", graças aos "bons resultados em duas prioridades fundamentais da atual política orçamental: a racionalização do consumo intermédio e a política salarial e de emprego público".
No entanto, é preciso referir que mesmo com toda os cortes, a despesa aumentou ainda assim 1,3%, com a devolução dos salários da função pública a surgirem como principal razão.
Apesar da queda do défice em valores absolutos, ainda não é possível ter a noção do peso do 'buraco financeiro' em termos de percentagem do PIB, uma vez que os números da produção portuguesa até julho ainda não são conhecidos. Não é por isso, possível ter a noção de quão perto Portugal está do objetivo assumido de ter um défice de 2,2% em 2016.
[Notícia atualizada às 16h20]
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