Secretário-geral da OEA disposto a falar com Maduro sobre a crise
O secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luís Almagro, disse hoje estar disposto a conversar com o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para procurar soluções para a crise venezuelana, desde que isso não represente "uma perda de tempo".
© Lusa
Economia Venezuela
"Nunca fechei a porta ao diálogo com (Nicolás) Maduro (...) nunca fiz nenhuma referência pessoal, só uma análise do que se passa na Venezuela (...) estou na disposição de colaborar com uma saída para que a Venezuela encontre o melhor caminho", disse em declarações à estação de televisão norte-americana CNN.
Almagro lamentou que parece não haver da parte do Governo venezuelano sinais de querer conversar com a oposição, considerando que "desde o começo" daquelas tentativas de diálogo, "tem havido mais presos políticos, mais sentenças do Supremo Tribunal de Justiça".
O secretário-geral da OEA insistiu que se o Executivo "negar o direito" dos venezuelanos a realizarem, ainda em 2016, um referendo revogatório do mandato do chefe de Estado, isso transformará Nicolás Maduro "num ditador".
Antes das declarações à CNN, Almagro deu uma entrevista à Rádio Caracas Rádio, durante a qual disse que seria "absolutamente inadmissível" a não realização de um referendo revogatório do mandato presidencial em 2016, advertindo que isso implicaria "sanções mais drásticas" contra o país.
"Isso seria absolutamente inadmissível para a comunidade internacional e para a OEA. Se isso acontecer, sanções mais drásticas deverão ser adotadas pela organização e pelos demais Estados, organizações regionais e sub-regionais", disse.
A oposição venezuelana quer realizar um referendo para revogar o mandato do Presidente Nicolás Maduro ainda em 2016, mas o regime considera que tal não é possível, alegando com a falta de cumprimento das exigências previstas na lei.
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