Agência quer Cabo Verde entre cinco melhores de África nos negócios
A Cabo Verde TradeInvest, agência recém-criada para promover investimentos e exportações de bens e serviços, quer colocar o arquipélago entre os cinco melhores países de África em termos de ambiente de negócios e atração de investimento direto estrangeiro.
© Lusa
Economia TradeInvest
"Só assim podemos afirmar como sendo um centro de prestação de serviços internacionais por excelência. É essa a nossa ambição, é essa a nossa visão, queremos ser uma instituição de referência em África e no mundo, para ajudarmos o país a vencer os desafios de desenvolvimento", projetou a presidente da nova agência cabo-verdiana, Ana Denise Lima, durante o ato de tomada de posse, que aconteceu na cidade da Praia.
De acordo com o relatório do Doing Business do Banco Mundial 2016, Cabo Verde caiu duas posições a nível mundial no 'ranking' sobre as facilidades de fazer negócio, passando de 124.º para 126.º, um recuo que se deve às mudanças de metodologias para a elaboração daquela lista e à entrada de novos países na classificação.
A nova agência, cujo conselho de administração é composto ainda pelos administradores executivos Nuno Levy e Luís Aguiar, extingue a Cabo Verde Investimentos - Agência de Turismo e Investimentos, criada em dezembro do ano passado pelo anterior Governo.
Ana Denise Lima adiantou ainda que a Cabo Verde TradeInvest vai trabalhar com todos os parceiros internacionais para fomentar o investimento direto estrangeiro no país e promover exportações e uma "nova imagem" do país no exterior.
Também pretende trabalhar para a internacionalização das empresas cabo-verdianas, apostar no capital humano e na certificação dos produtos e serviços do arquipélago.
A presidente da Cabo Verde TradeInvest salientou que assume funções numa altura em que o país enfrenta "desequilíbrios estruturais", que precisam ser vencidos com melhoria dos resultados do turismo e atração de investimentos exteriores.
"Cabo Verde precisa encontrar novas formas e novos argumentos para competir no mercado internacional, com base na qualidade, eficácia, eficiência, alta produtiva e na elevada capacidade inovadora", prosseguiu, dizendo que o país tem que competir para ter mais e melhores investimentos privados, mais e melhor turismo, transportes, tecnologias de informação e comunicação, mais inovação, saúde e educação.
Para isso, salientou que o país precisa melhorar a funcionamento da Administração pública e melhorar ambiente de negócios, ter instituições transparentes, mesma opinião do ministro das Finanças, Olavo Correia, que conferiu posse.
O ministro disse que Cabo Verde, um país parco de recursos naturais, tem de se afirmar como sendo útil ao mundo, através da sua "competência relacional".
Considerando que o modelo de o país ancorado à ajuda pública ao desenvolvimento e ao aumento da dívida está esgotado, o governante referiu que o país precisa agora de encontrar alternativas e para crescer precisa de mais investimentos privados nacionais e estrangeiros.
Olavo Correia disse esperar que a TradeInvest seja uma "instituição de excelência" e possa promover a marca Cabo Verde e possa captar investimentos direto estrangeiro, numa altura em que o país regista uma queda de 6% do PIB ao nível do investimento direto estrangeiro.
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