"A trapalhada na CGD foi maior do que eu imaginava"
BCE chumba nomes de administradores não-executivos da CGD propostos pelo Governo, que admite agora a hipótese de mudar a lei.
© Global Imagens
Economia Marques Mendes
��Uma vergonha nacional”. É assim que Marques Mendes olha para as mais recentes notícias sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o chumbo, por parte do Banco Central Europeu (BCE), de oito nomes para os cargos de administradores não-executivos do banco público.
O comentador considera que “o Governo agiu de forma leviana e incompetente” no que diz respeito à nomeação da nova administração da CGD, tendo daí obtido um “resultado lastimável”.
“A trapalhada foi ainda maior do que eu imaginava”, atira Marques Mendes, elencando, em jeito de lamento: “A CGD sai profundamente fragilizada deste processo – anda há oito meses sem ter gestão e com ruído que só desgasta a sua imagem –, o novo presidente já parte fragilizado, Portugal passa pelo vexame de o BCE ter imposto um curso de formação em banca a três administradores executivos e, pior, há oito administradores não-executivos de grande prestígio que foram chumbados porque não cumprem uma lei nacional”.
Segue-se, a seu ver, “mais uma trapalhada” com a intenção do Executivo de alterar a lei para permitir a entrada dos administradores em causa. “Todos os demais partidos são contra a mudança da lei. E há que ter em conta que o Governo não tem maioria no Parlamento”, lembra Marques Mendes.
Além disso, acrescenta, além de Leonor Beleza, que já disse “estar fora desse peditório”, outros lhe seguirão os passos e não se manterão disponíveis, tendo em conta que “o Governo manchou a sua imagem ao divulgar o seu nome sem ter a certeza que eles estavam aprovados no BCE”.
Posto isto, remata, “o melhor é deixar o assunto por aqui sob pena de termos ainda mais trapalhada”.
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