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Os "bons e maus sinais" na substituição da administração da CGD
Francisco Louçã refere o bom e o mau do “longuíssimo período” para a substituição da administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
© Global Imagens
Economia Francisco Louçã
Em semana de mudanças na CGD, Francisco Louçã debruçou-se sobre o processo no seu espaço de comentário semanal na antena da SIC Notícias.
“Não está resolvido e já deveria estar resolvido há muito tempo”. Ainda assim, “houve novidades”, afirmou o antigo líder bloquista, que disse ainda que estas novidades “que se esperavam há algum tempo” têm “bons e maus sinais”.
Para o Governo e para a CGD há dois bons sinais: “o longuíssimo período” para resolver o processo de substituição da administração do banco público “parece chegar ao fim”.
Mais ainda, o BCE e Bruxelas aceitaram “a recapitalização pública”, com Louçã a realçar a possibilidade de haver empréstimos “e os títulos desse empréstimo” poderem ser ações no futuro, o que abria caminho a uma privatização.
O ex-líder do Bloco admite ainda que este processo foi “muito difícil do ponto de vista das negociações, provavelmente muito mais difícil do que aquilo que se conhece em público”. Mas há também pontos contra.
“Dos 19 nomes propostos, o BCE retirou oito, com um pretexto que incomoda o Governo”. Louçã diz mesmo “que quem conduziu este processo, conduziu com pouca preocupação com o rigor jurídico”, referendo-se à excessiva acumulação de cargos.
“Dos sete executivos, três têm de fazer cursos de preparação específica”, sendo que “todos eles têm de ser introduzidos às formas de gestão de risco e de preparação de processos da própria CGD”, lembrou.
Há ainda um elemento “estranhíssimo” neste caso, realça o antigo deputado, referindo-se à obrigação de António Domingos, o presidente indicado, “a sair da administração da NOS”. Ora “é estranhíssimo” que o gestor “pudesse pensar” em manter ambos os cargos, dada à necessidade de envolvimento a tempo inteiro na gestão do banco público.
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