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CEO da Uber: Carros autónomos vão aumentar e não reduzir empregos
Na visão de futuro do líder de uma das empresas mais conhecida de boleias privadas, os humanos continuam a ter lugar num mundo dominado pelos robots e meios tecnológicos.
© Reuters
Economia Travis Kalanick
Pode parecer um contrassenso, mas a verdade é que para Travis Kalanick, a substituição de grande parte da frota atual da Uber por carros autónomos não terá um efeito no número de pessoas empregadas pela empresa que lançou a 'febre' das apps de boleias.
Ouvido pelo Business Insider, o CEO da Uber explica que apesar de aumentarem o número de carros sem condutor, o universo de carros da empresa também irá crescer e por isso os humanos serão mais cruciais. Confuso? Kalanick explica: "Falando de uma cidade como São Francisco, nós temos cerca de 30 mil condutores.
No futuro, esse universo passará para cerca de um milhão de carros, certo? Mesmo com um milhão de carros, ainda serão necessários carros conduzidos por humanos, ou conduzidos de forma híbrida, porque há certas condições e sítios com que os carros autónomos não conseguirão lidar".
"Mesmo que sejam uma percentagem mais pequena do total, imagino cerca de 50 mil a 100 mil condutores humanos numa rede de um milhão de carros. Portanto, não creio que o número de pessoas a conduzir carros Uber irá diminuir. Na verdade, acho que num mundo autónomo, o número irá subir em termos absolutos. Em termos de percentagem, obviamente irá diminuir", esclarece o líder da Uber.
Travis Kalanick acredita também que a indústria de carros de condução autónoma irá precisar de manutenção feita por mecânicos humanos, criando mais postos de trabalho. O exemplo será o desenvolvimento da indústria dos telefones: "A certa altura, as pessoas faziam uma chamada e um operador tinha de ligar as linhas e milhares de pessoas estavam encarregadas de construir cabines telefónicas. Mas depois surgiram os telemóveis e criaram uma magnífica nova indústria, com muitos empregos novos".
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