Queda do desemprego "mostra urgência de medidas que criem emprego"
A CGTP considerou hoje que a redução para 10,8% da taxa de desemprego no segundo trimestre do ano demonstra a necessidade de se implementarem medidas que promovam a criação de empego e o combate à precariedade.
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Economia CGTP
"A redução da taxa de desemprego oficial de 11,9% para 10,8% no 2º trimestre de 2015 e 2016, respetivamente, sinaliza, no entanto, a importância da reposição de rendimentos na dinamização do mercado interno, potenciando o crescimento do emprego e a redução do desemprego", refere a central sindical em comunicado.
A CGTP entende que "a melhoria da situação do mercado de trabalho é, pois, indissociável do aumento dos rendimentos dos trabalhadores" e defende a "urgência em se adotar uma política que, rompendo com o modelo de precariedade, baixos salários e destruição de direitos, promova a criação de emprego de qualidade e erradique todas as formas de precarização e desvalorização dos vínculos de emprego".
Embora os dados divulgados na quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) demonstrem uma recuperação do emprego e a redução do desemprego, A CGTP aponta a sazonalidade como justificação para a melhoria destes dois indicadores no segundo trimestre.
Nesse sentido, considera a Inter que é fundamental responder "aos mais de 326 mil trabalhadores desempregados que não auferem qualquer prestação de desemprego" e aos "mais de 40 mil vínculos precários aos 855 mil [contratos precários] já existentes no início do ano".
A CGTP refere ainda que os novos 22 mil postos de trabalho criados no trimestre "não são suficientes para reduzir substancialmente o número de trabalhadores desempregados, ainda que o desemprego esteja lentamente a diminuir".
"Os números do INE são demonstrativos da urgência em se adotar uma política que, rompendo com o modelo de precariedade, baixos salários e destruição de direitos, promova a criação de emprego de qualidade e erradique todas as formas de precarização e desvalorização dos vínculos de emprego", conclui a CGTP.
A taxa de desemprego foi de 10,8% no segundo trimestre, inferior em 1,6 pontos percentuais (p.p.) à do trimestre anterior e 1,1 p.p. abaixo do trimestre homólogo de 2015, situando-se no valor mais baixo desde o primeiro trimestre de 2011.
De acordo com as estatísticas do emprego divulgadas na quarta-feira pelo INE, a população desempregada, estimada em 559,3 mil pessoas, recuou 12,6% face ao trimestre anterior (menos 80,9 mil pessoas) e diminuiu 9,8% face ao trimestre homólogo de 2015 (menos 61,1 mil pessoas).
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