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Participações em fundos de investimento renovam mínimo histórico

Banco de Portugal revela que o sistema financeiro nacional está a apostar cada vez menos nos fundos. A desvalorização e o desinteresse crescente explica a fuga dos investidores.

Participações em fundos de investimento renovam mínimo histórico
Notícias ao Minuto

11:43 - 11/08/16 por Bruno Mourão com Elsa Pereira

Economia Mercado

O cenário não é animador para o mercado português, segundo os dados divulgados hoje pelo Banco de Portugal. Numa época de incerteza económica, os investidores preferem reduzir a aposta nos fundos, em busca de rendimentos mais seguros noutros locais e o efeito nos dados oficiais é bastante visível. 

"No final do primeiro semestre de 2016, o valor das unidades de participação em circulação dos fundos de investimento (valor líquido global) foi de 22,8 mil milhões de euros, cerca de menos 1,2 mil milhões de euros do que no final de 2015", revela o Banco de Portugal em comunicado divulgado no site oficial e enviado para a redação do Economia ao Minuto. 

Este valor renova um mínimo histórico "pelo sexto mês consecutivo", uma queda justificada em cerca de dois terços dos casos pelos "reembolsos e liquidações de unidades de participação" e nas restantes ocasiões pela simples desvalorização. "A tendência de redução é transversal a todos os tipos de fundos, com destaque para os fundos de obrigações e os fundos imobiliários, com decréscimos de 0,4 mil milhões de euros cada." 

Quanto ao impacto dos privados no total de participações, o BdP revela que se mantém o peso maioritário: "Os particulares mantêm-se como principal setor investidor em fundos de investimento, detendo cerca de 35% do total das unidades de participa- ção em circulação no final de junho". 

Ainda assim, o valor aplicado por particulares caiu 800 milhões de euros no primeiro semestre, refletindo segundo o Banco de Portugal "o desinvestimento neste tipo de ativos financeiros e também a sua própria desvalorização".

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