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PIB subiu 0,4% em cadeia e 1% em termos homólogos no 2.º trimestre

A economia portuguesa deverá ter crescido, no segundo trimestre, 0,4% em cadeia e 1% em termos homólogos, sobretudo devido a uma quebra na procura interna, segundo a média de previsões dos analistas contactados pela agência Lusa.

PIB subiu 0,4% em cadeia e 1% em termos homólogos no 2.º trimestre
Notícias ao Minuto

09:35 - 11/08/16 por Lusa

Economia Analistas

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga na sexta-feira a estimativa rápida das contas nacionais trimestrais referente ao segundo trimestre do ano, depois de a economia portuguesa ter abrandado nos primeiros três meses de 2016, ao crescer apenas 0,1% em cadeia e 0,8% em termos homólogos.

No segundo trimestre, segundo as estimativas de vários centros de estudos económicos e analistas recolhidas pela Lusa, o Produto Interno Bruto (PIB) terá crescido entre 0,1% e 0,6% em cadeia e entre 0,7% e 1,2% em termos homólogos.

A estimativa mais pessimista é a do Núcleo de Conjuntura da Economia Portuguesa (NECEP), da Universidade Católica, que antecipa um crescimento económico de 0,1% em cadeia e de 0,7% em termos homólogos.

"Esta estimativa sugere que a economia está praticamente estagnada desde o segundo semestre de 2015", afirma o NECEP na sua folha trimestral de conjuntura, considerando que "os riscos para a economia são agora predominantemente descendentes, destacando-se uma forte preocupação com a evolução do investimento, que voltou a recuar no início do ano, sugerindo que o processo de recuperação da economia portuguesa sofreu uma interrupção", afirmam os professores.

Por sua vez, os analistas do Montepio mostram-se mais otimistas, ao estimar um crescimento homólogo entre 1% e 1,2% e em cadeia entre 0,4% e 0,6%, suportado tanto pela "procura interna, como pelas exportações líquidas", com o economista-chefe do banco, Rui Bernardes Serra, a esperar uma correção em algumas componentes do PIB face ao trimestre anterior.

O analista espera uma melhoria nas exportações, que foram penalizadas pelos mercados de Angola e da China, como pelas greves dos trabalhadores da refinaria de Sines realizadas ao longo do trimestre, "cujo efeito negativo provocado deverá ter sido revertido no decurso do segundo trimestre".

Em sentido inverso, Rui Bernardes Serra admite que "o consumo privado terá caído" no segundo trimestre, "depois da forte subida observada nos três primeiros meses do ano, com o consumo a ser suportado ligeiramente pelo consumo de serviços, mas penalizado pelas vendas a retalho e pelas vendas de carros, em qualquer um destes últimos casos corrigindo, parcialmente, dos fortes acréscimos registados no trimestre anterior".

Já o indicador de investimento em capital fixo do INE "sinaliza um forte acréscimo em cadeia de 2,4% no segundo trimestre", diz Rui Bernardes Serra.

Por outro lado, a estimativa do BPI é ligeiramente mais otimista, com os analistas do banco a anteverem um crescimento do PIB em cadeia de 0,5% e homólogo de 1,1%, "refletindo um abrandamento da procura interna e uma recuperação da procura externa".

Teresa Gil Pinheiro, analista financeira do BPI, afirma que a procura externa "deverá beneficiar da recuperação das exportações de bens energéticos, que foram afetadas negativamente pela paragem de produção numa refinaria da Galp no primeiro trimestre", a de Sines.

"Adicionalmente, as importações poderão registar uma evolução mais moderada do que no primeiro trimestre, na medida em que o crescimento no primeiro trimestre refletiu em grande parte a antecipação de despesas de consumo, sobretudo de bens duradouros, na perspetiva de aumento dos impostos sobre alguns destes bens", acrescenta a analista.

Por outro lado, a procura interna "continuará suportada pelo consumo, beneficiando da recuperação de rendimentos por parte dos funcionários públicos, todavia o facto de a taxa de poupança se encontrar em mínimos históricos deverá limitar o ritmo de expansão" e "o investimento deverá continuar a cair, refletindo fatores de incerteza externos e internos", admite Teresa Gil Pinheiro.

Por fim, o mais otimista é o Grupo de Análise Económica do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), que estima que o PIB tenha avançado 1,2% em termos homólogos e 0,6% em cadeia no segundo trimestre.

Para o conjunto do ano, o NECEP é também o menos otimista, estimando que o PIB avance 0,9%, seguido do Montepio (estimativa de 1,2%), do BPI (1,3%) e do ISEG, que antecipa que a economia portuguesa cresça entre 1,3% e 1,6% em 2016.

O Governo estima um crescimento económico de 1,8%.

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