Petróleo cai, mas a produção... não abranda
Apesar das dificuldades em reequilibrar um mercado inundado pela oferta mais alta do que a procura, parece não existir um esforço conjunto para travar o ritmo historicamente alto da produção.
© Reuters
Economia Matérias-Primas
O petróleo chegou este ano aos níveis mais baixos das últimas décadas, mas depois de uma furiosa recuperação rumo aos 50 dólares por barril, os problemas de oferta excessiva pareciam estar esquecidos.
Infelizmente, a memória dos mercados não é tão curta como parece e os produtores mundiais foram confrontados com uma nova vaga de pessimismo que empurrou os preços para a incerteza dos 40 dólares por barril em Nova Iorque e Londres.
De dia para dia, os preços têm variado e parecem deixar claro que uma solução de longo prazo ainda não foi encontrada; aliás, olhando para os mais recentes dados divulgados pela OPEP, os maiores produtores do mundo parecem estar a caminhar na direção oposta ao controlo da produção.
Em julho, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo produziu 33,1 milhões de barris de petróleo por dia, um aumento de 46.400 barris por dia em relação ao mês anterior. Este número agrava o problema das reservas excedentárias e desequilibra ainda mais um mercado aparentemente incontrolável.
A OPEP convocou uma reunião de emergência para o final de setembro e convidou também a Rússia para discutir o estado atual do mercado, com os novos dados em pano de fundo. Parece ser já claro que a Arábia Saudita, maior produtor de petróleo da OPEP, terá de levantar o pé do acelerador para permitir uma recuperação dos preços, mesmo que isso custe uma perda de quota de mercado para os Estados Unidos da América.
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