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Turismo é "balão de oxigénio" e alavanca para comércio

O turismo tem sido o "balão de oxigénio" e a "grande alavanca" do comércio e serviços, afirmam as associações de Lisboa e Porto, acrescentado ainda sentir os consumidores portugueses receosos com a situação económica.

Turismo é "balão de oxigénio" e alavanca para comércio
Notícias ao Minuto

12:55 - 07/08/16 por Lusa

Economia ACP

com muito bons olhos que vemos o turismo, que hoje é um balão de oxigénio que não só cria muitos postos de trabalho e janelas de oportunidade para pequenos negócios, que estão a crescer de forma considerável, como conseguiu alimentar o tecido empresarial que estava a definhar de dia para dia, porque não havia estímulos nem nada que incrementasse a economia", afirmou o presidente da Associação de Comerciantes (ACP) em declarações à agência Lusa.

Apontando uma subida das vendas no comércio e serviços do Porto "entre 15 a 20%" até junho, face a 2015, Nuno Camilo refere que a quebra registada no segmento do pronto-a-vestir "foi sendo compensada" pelos bons resultados na restauração, nos serviços e nos transportes.

"A atividade empresarial da cidade está a crescer via turismo, que está a arrastar consumo para o comércio", afirmou, explicando que "continua a não haver consumo interno" porque a "muito residual" reposição dos salários teve como "primeiro beneficiário as mercearias, supermercados e setor da alimentação em geral".

"Quem antes comprava 10 bifes passou a comprar 12, quem antes comprava dois litros de leite passou a comprar três. É no setor da mercearia onde se nota o primeiro impacto", sustentou Nuno Camilo.

Também a presidente da União de Associações do Comércio e Serviços (UACS) da região de Lisboa e Vale do Tejo destaca o turismo como uma "grande alavanca" do setor, cujas vendas diz estarem até junho, em geral, "ao mesmo nível do ano passado".

"Acho que o nosso país acredita que estamos a sair da crise, mas ainda há muita instabilidade que leva a que os consumidores nacionais estejam preocupados e queiram investir menos. Sem dúvida que o turismo e o seu constante crescimento em Lisboa e no país tem ajudado quer a restauração, quer a hotelaria e o próprio comércio", afirmou Carla Salsinha à Lusa.

Relativamente ao período de saldos - cuja época de verão antes da liberalização decorria entre 15 de julho e 15 de setembro -- o presidente da ACP diz ter agora um balanço muito difícil de fazer, porque este "passou a estar muito esbatido" e deixou de haver "épocas comparativas".

Possível é, segundo o representante dos comerciantes do Porto, confirmar que a nova legislação dos saldos "veio criar muito ruído e prejudicar gravemente as empresas", deixando o mercado "muito frágil".

"Quando havia datas [fixas] as pessoas sabiam exatamente quando é que começavam e acabavam os saldos, mas hoje a qualquer momento do ano podem ter a sorte de encontrar produtos mais baratos, seja em saldos ou em promoções, porque os preços são muito voláteis. Neste momento o consumidor final não consegue distinguir o que são saldos do que são promoções e os 'stocks' das empresas passaram a ser muito mais pequenos, porque os lojistas sabem que a época para escoar já não é aquilo que era", afirmou.

Na mesma linha, a presidente da UACS diz que os empresários falam de uma "cada vez menor expectativa em relação aos saldos", porque "as pessoas estão de tal forma habituadas às constantes campanhas e promoções que já não se guardam para este período".

"Tradicionalmente agosto era um mês de saldos e as lojas continuam a utilizar muito essa figura, mas a liberalização fez com que deixasse de haver a especulação que existia da parte do consumidor. Há alguma procura, mas nada que exceda as expectativas, os empresários dizem-nos que está ao nível do ano passado", sustentou Carla Salsinha.

Para Nuno Camilo, os resultados do setor até junho são "animadores", mas impõe-se agora que "a cidade e a região tenham uma estratégia bem delineada" pelas várias entidades envolvidas que defina "qual o rumo que pretendido para o turismo, comércio e serviços" e garanta uma atuação "mobilizadora e sustentada a médio e longo prazo".

"Só assim conseguiremos responder às necessidades do turismo da cidade e ao que pode vir a ser a sustentabilidade económica da região, porque se hoje tirássemos os números do turismo a situação do tecido empresarial da região seria dramática", concluiu.

Uma opinião partilhada pelos comerciantes de Lisboa, que consideram "fundamental que as autarquias e o Governo tenham uma perspetiva e uma estratégia de turismo para a cidade".

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