São Tomé vai integrar rede bancária internacional
São Tomé e Príncipe vai lançar até final de agosto um concurso internacional para adaptar a rede de multibanco do país ao sistema internacional, permitindo o acesso dos cartões Visa, entre outros, numa estratégia para fomentar o turismo.
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Economia Previsão
A governadora do Banco Central de São Tomé e Príncipe, Maria do Carmo Silveira, disse à Lusa que o país vive numa situação complexa, porque quer atrair turistas mas não tem um sistema bancário que permita cartões bancários internacionais.
"O país dispõe de um sistema de pagamentos doméstico que serve apenas o sistema nacional", disse, referindo-se à rede multibanco são-tomense, a Dobra24.
O governo está a ultimar o "envelope financeiro" para um concurso internacional que permita adaptar a rede aos cartões internacionais.
"Neste momento, já definimos com o apoio do Banco Mundial, uma estratégia para a modernização do setor financeiro nacional. Essa estratégia visa melhorar o ambiente de negócios no setor financeiro" e inclui a modernização da rede multibanco, explicou Maria do Carmo Silveira.
O projeto de modernização tem financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento e "espero que, dentro de 12 a 18 meses, a rede Dobra24 possa aceitar os cartões internacionais, visa e mastercard".
"Em agosto vamos proceder ao concurso internacional para a empresa que vai proceder ao projeto", explicou a governadora, admitindo que a atual situação não é vantajosa para captar investidores ou atrair turistas.
"Hoje em dia já não se viaja com dinheiro em notas. Por isso é que estamos a tentar resolver muito rapidamente esta situação", disse.
Opinião semelhante tem Miguel Reymão, administrador do Banco Internacional de São Tomé e Príncipe (BISTP), com participação da Caixa Geral de Depósitos e o maior operador do mercado bancário do país.
O turismo "é o principal setor que se pretende apoiar e não há turistas que venham carregados de dinheiro", pelo que é importante a "integração nas redes internacionais".
No entanto, a modernização da Dobra24 é um projeto muito caro, que ultrapassa "os três ou quatro milhões de dólares e a banca não tem, só por si, capacidade para suportar um investimento desta ordem", salientou o administrador do BISTP.
A integração na rede Visa e Mastercard implica uma "série de certificações", com "projetos muito exigentes, de máxima qualidade, rigor e segurança", acrescentou.
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