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Falta de isco prejudica pescadores de polvo e há barcos em terra

A Associação dos Armadores de Pesca de Polvo do Algarve (Armalgarve Polvo) alertou para a falta de isco para a captura do polvo, dizendo que existem já barcos que deixaram de ir para o mar.

Falta de isco prejudica pescadores de polvo e há barcos em terra
Notícias ao Minuto

15:33 - 06/08/16 por Lusa

Economia Faro

"O ano tem sido de extrema dificuldade para os armadores de pesca do polvo do Algarve, devido à escassez de isco", referem os armadores, justificando a situação com as descargas insuficientes, em lota, de sardinha e de cavala, e com o preço elevado destas espécies, que servem como isco.

Segundo aqueles profissionais, essa escassez afeta "diretamente a pesca do cerco e indiretamente a pesca do polvo, pelo uso do isco", provocando que algumas embarcações sejam obrigadas a ficar em terra "dias e até semanas", pela falta de isco.

Acrescentam ainda que o facto de o armador não ir ao mar no dia seguinte, leva a que a pulga do mar e outros parasitas comam o isco que fica nas artes, contribuindo para um "decréscimo acentuado" na captura de polvo, o que se reflete na receita dos armadores.

"Só no Algarve são gastas diariamente cerca de 10 toneladas de isco, pelo que as descargas das últimas semanas não têm sido suficientes para fazer face à procura deste mercado", sublinham.

Segundo os armadores, o custo médio do pescado "encarece bastante" os custos da faina e "não rentabiliza os proprietários das embarcações, que em alguns casos optam por ficar em terra, a ter prejuízo".

De acordo com a associação, na semana de 25 a 29 de Julho a lota de Quarteira transacionou 1.246 quilos de sardinha a um preço médio, por quilo, de 4,49 euros, enquanto Portimão registou 37.024 quilos de captura, a um preço médio de 3,57 euros.

Em Olhão, na mesma semana, a captura desta espécie de pescado atingiu "apenas 809 quilos", acrescentam.

No que se refere à cavala, a lota onde se registou maior volume foi também a de Portimão, com 28.858 quilos e o peixe a valer 29 cêntimos por quilo, sendo que em Quarteira atingiu 1.596 quilos, a 50 cêntimos o quilo.

A situação já foi reportada pela associação ao Gabinete do Secretário de Estado das Pescas e à Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, concluem.

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