Venezuela está quase a ficar sem dinheiro
Especialistas traçam um cenário negro sobre as contas de um país mergulhado numa das maiores crises do mundo. Pagamentos aos credores serão cumpridos a curto prazo, mas para os cidadãos, a realidade continuará a ser dramática.
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Economia América do Sul
As longas filas de espera por um pouco de pão ou outro alimento, a falta de dinheiro para pagar aos funcionários públicos, a escassez de medicamentos e o congelamento quase total dos serviços do Estado tornaram-se uma imagem de marca da Venezuela ao longo dos últimos meses, consequência de uma situação limite de quase falência.
O petróleo viveu meses de quedas, e até março, o impacto nas contas venezuelanas foi devastador: as reservas financeiras foram diminuindo e atualmente estão em 10,7 mil milhões de euros, um valor historicamente baixo que faz prever um colapso em breve.
"Daqui a um ano, vão ficar sem dinheiro", garantiu à CNN Russ Dalen, analista financeiro da Caracas Capital, especialista no mercado venezuelano. O analista garante que a ideia de pagar aos credores ao invés de satisfazer as necessidades do povo é "suicida" e assegura que os calendários de pagamento de dívida não permitirão qualquer folga à Venezuela.
Nem as reservas de ouro podem ser utilizadas para ajudar nos pagamentos, visto que grande parte do meta detido pelo Estado venezuelano foram vendidas à Suíça para pagara dívidas.
Outros especialistas inquiridos pela CNN Money são um pouco menos pessimistas, mas ninguém parece acreditar que o governo venezuelano consiga cumprir os pagamentos nos próximos dois anos. Caso a bancarrota se confirmasse, a Venezuela seria um país não só falido socialmente como falido financeiramente.
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