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Bancos estrangeiros indemnizam São Paulo por desvios de ex-autarca

Dois banco estrangeiros indemnizaram na quarta-feira a câmara municipal de São Paulo, no Brasil, em 25 milhões de dólares (22,4 milhões de euros) desviados pelo antigo presidente de câmara Paulo Maluf.

Bancos estrangeiros indemnizam São Paulo por desvios de ex-autarca
Notícias ao Minuto

06:35 - 04/08/16 por Lusa

Economia Brasil

"Os bancos Citibank N.A, dos Estados Unidos, e UBS AG Zurich, da Suíça, depositaram nesta quarta-feira 15 milhões [13,45 milhões] e 10 milhões de dólares [8,97 milhões de euros], respetivamente", informou o Ministério Público (MP) do Estado de São Paulo, segundo a qual "90% do valor será transferido aos cofres municipais".

O pagamento, segundo um comunicado da instituição, refere-se a "danos morais coletivos" em razão de movimentação financeira na Suíça, Estados Unidos e Ilha de Jersey em contas de empresas ?offshore' ligadas ao ex-presidente de câmara Paulo Maluf e seus familiares".

As duas instituições bancárias fecharam um acordo com a câmara para que não fossem processadas.

"Com o pagamento, os bancos não poderão mais ser processados pelo uso de suas agências no exterior e nem sofrer outras medidas decorrentes do inquérito civil relacionado aos desvios de verbas das obras da Avenida Água Espraiada e do Túnel Ayrton Senna", informou o MP do Estado de São Paulo.

Com o valor transferido quarta-feira, o total recuperado pelo Ministério Público de São Paulo e pela autarquia neste caso atingiu 78 milhões de dólares (69,96 milhões de euros), de acordo com o MP.

Nesse valor está também incluindo um acordo com o Deutsche Bank, de 20 milhões de dólares (17,9 milhões de euros) e uma ação civil na Ilha de Jersey, de 33 milhões de dólares (29,59 milhões de euros).

O dinheiro será reservado para a compra do terreno do futuro Parque Augusta, na região central, e para a construção de cerca de 20 creches, escreve a Folha de São Paulo.

O promotor de Justiça Silvio Antônio Marques, da Promotoria de Defesa do Património Público, informou que a investigação comprovou a existência de uma fortuna de 340 milhões de dólares (304,95 milhões de euros) nas contas de Paulo Maluf no exterior.

"Temos de repatriar esses recursos bloqueados e converter os valores para a câmara municipal", acrescentou.

O promotor acrescentou que a família de Maluf já foi condenada pela justiça da Ilha de Jersey a devolver 33 milhões de dólares (29,59 milhões de euros), dos quais 10 milhões já foram repatriados (8,97 milhões), restando ainda 23 milhões (20,6 milhões) em ações bloqueadas da empresa Eucatex, da família de Maluf, que devem ser convertidos.

Paulo Maluf, atual deputado federal, sempre negou possuir valores ou contas no exterior.

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