ISEG prevê crescimento económico homólogo e em cadeia
O ISEG antecipa que a economia portuguesa cresça 1,2% no segundo trimestre do ano em termos homólogos e 0,6% face ao trimestre anterior.
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Economia Análise
Lisboa, 01 ago - O ISEG antecipa que a economia portuguesa cresça 1,2% no segundo trimestre do ano em termos homólogos e 0,6% face ao trimestre anterior.
Na síntese de conjuntura económica de julho hoje divulgada, os economistas do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) afirmam que é "com base nos dados quantitativos disponíveis, referentes a abril e maio e parcialmente a junho, estima-se em 1,2% o crescimento homólogo do PIB [Produto Interno Bruto] no segundo trimestre de 2016", e um aumento de 0,6% face ao trimestre anterior.
Os analistas do ISEG referem o indicador de tendência da atividade global "decresce ligeiramente", o que sugere "uma ligeira desaceleração no crescimento da procura interna no segundo trimestre".
"Contudo, o nível deste indicador continua a superar o nível de crescimento estimado para o primeiro trimestre, mais baixo devido ao contributo bastante negativo da procura externa líquida para esse crescimento", afirmam no documento.
Mas sublinham que "inversamente, o saldo comercial externo nominal teve uma melhoria significativa em abril e maio", o que a manter-se em junho, "poderá corresponder a um contributo menos negativo da procura externa líquida para o crescimento do PIB no segundo trimestre".
Apesar da queda das exportações, justificam, nestes dois meses, em termos nominais "verificou-se um ainda maior decréscimo das importações", devido, em parte, à queda homóloga do preço do crude, e uma melhoria do saldo comercial nominal, "que eliminou o forte agravamento registado no primeiro trimestre".
"A melhoria substancial deste saldo nominal, a manter-se em junho, deverá ter um impacto menos negativo sobre o crescimento real do PIB durante o segundo trimestre", reforçam.
Destacam ainda na síntese de conjuntura económica que os valores dos indicadores de clima e confiança resultantes dos inquéritos às empresas e consumidores durante o segundo trimestre "superaram, em média, os valores registados no primeiro trimestre, indicando que, em geral, os níveis de confiança não se deterioram no segundo trimestre".
Em junho, o Grupo de Análise Económica do ISEG tinha revisto em baixa a estimativa de crescimento económico para o conjunto de 2016, antecipando que o PIB avance entre 1,3% e 1,6%, abaixo do previsto pelo Governo.
Em fevereiro, o grupo de análise económica estimava que o PIB crescesse entre 1,5% e 1,9% em 2016.
Já o Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu em alta, em maio, o crescimento da economia no primeiro trimestre, com o Produto Interno Bruto (PIB) a crescer 0,9% em termos homólogos e 0,2% face ao trimestre anterior.
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