A diferença entre o "plano e a sua execução" na CGD é de 3 mil milhões
Palavras pertencem ao ministro das Finanças, Mário Centeno.
© Global Imagens
Economia Mário Centeno
O dia de ontem ficou marcado pela audição de Mário Centeno na Comissão de Inquérito Parlamentar à Caixa Geral de Depósitos.
Perante os deputados, o ministro das Finanças disse que “por análise da diferença entre o resultado operacional previsto inicialmente e o esperado para o final do plano de reestruturação em 2017, a perspetiva é de uma diferença de cerca de três mil milhões de euros”.
Mário Centeno explicou que, apesar do “esforço realizado ao longo deste tempo [desde 2003, ano em que foi apresentado um plano de reestruturação para a CGD], com melhoramentos de alguns indicadores de atividade”, tal não foi suficiente e o facto é que “desde o início do plano de reestruturação, o desvio da evolução realizada frente ao plano definido tem vindo a ser significativo”.
“Foi a este desvio que me referi. É uma diferença entre um plano e a sua execução e é assim que deve ser entendido e interpretado”
Na mesma audição, Centeno revelou que o ainda presidente da Caixa, José de Matos, apresentou-lhe, no início do ano, um “valor próximo” dos dois milhões de euros como sendo o necessário para a recapitalização banco público.
E esta versão foi ao encontro daquela que foi a do responsável pela CGD que, também em audição, mas na quarta-feira, já havia dito que os valores que têm sido falados, e que se situam entre os quatro e os cinco mil milhões, são “claramente superiores” aos que eram necessários no início do ano.
A audição de Mário Centeno foi a última antes de a comissão, presidida pelo social-democrata José Matos Correia, parar para férias. Os trabalhos voltarão a arrancar no início do mês de setembro.
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