BCP com prejuízo de 197,3 milhões no 1º semestre do ano
O BCP registou prejuízos de 197,3 milhões de euros no primeiro semestre do ano, valor que compara com um lucro de 240 milhões de euros verificado no período homólogo do ano passado, divulgou hoje o banco.
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Economia Banca
O banco justifica estes resultados com "itens não habituais", adiantando que, sem estes acontecimentos extraordinários, o banco teria tido um lucro de 56,2 milhões de euros no primeiro semestre de 2016, valor que compara com um prejuízo de 21,2 milhões de euros em igual período do ano passado.
Os acontecimentos extraordinários do primeiro semestre a que o banco se refere são a alienação da participação na Visa, a desvalorização de fundos de reestruturação empresarial e sobretudo o reforço de cobertura de imparidades para crédito, superior a 600 milhões de euros.
No primeiro semestre, a margem financeira subiu 5,1% em termos homólogos para 600,8 milhões de euros e as comissões líquidas desceram 4,9% para 229,5 milhões, com o banco a justificar a queda das comissões com a diminuição das comissões relacionadas com os mercados financeiros e das comissões internacionais, uma vez que na atividade em Portugal aumentaram.
Já os resultados de operações financeiras foram de 182,8 milhões de euros até junho, abaixo dos 479 milhões do primeiro semestre de 2015, quando foi alienada dívida pública isto apesar de nesta rubrica entrar os 91 milhões de euros da venda da Visa.
Já o produto bancário caiu 22,6% para 1.059,4 milhões de euros.
Quanto a custos, o banco gastou 484,1 milhões de euros entre janeiro e junho, 5,3% abaixo de período homólogo, isto excluindo os custos de reestruturação.
Os custos com pessoal caíram 5,6% para 272,5 milhões de euros.
O presidente do BCP, Nuno Amado, referiu hoje que nos últimos anos o banco já "entregou 1.000 milhões de euros aos contribuintes portugueses", somando o valor pago em juros das 'CoCos' (obrigações contingentes convertíveis), das garantias de Estado e da contribuição do setor financeiro.
O crédito a clientes (bruto) caiu 7,3% para 52.930 milhões de euros, com o da atividade em Portugal a cair 5% para 40.719 milhões de euros, com o rácio de crédito vencido a cair de 12,1% em junho de 2015 para 11,5% em junho de 2016. A cobertura por provisões aumentou para 113%.
Já os depósitos caíram ligeiramente (-0,7%) para 48.762 milhões de euros.
Por fim, o BCP fechou junho com um rácio de capital 'common equity tier 1' de 12,3% com as regras transitórias e de 12,8% e 9,6% com todas as regras aplicadas.
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