Ideal seria os bancos não precisarem de uma "rede pública"
O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, admitiu hoje que o ideal seria que os bancos não precisassem de uma "rede pública" para resolverem os problemas com as suas carteiras de crédito mal parado.
© Lusa
Economia Carlos Costa
"A solução ideal é que não seja necessária uma rede pública mas alguém tem que cortar este nó górdio", lançou o responsável durante a sua audição na comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD).
Para tal, os bancos teriam que fazer reforços de capital, o que implica a diluição das participações acionistas, tendo como contraponto para estes a possibilidade de assistir a um aumento da rentabilidade no futuro, explicou.
Mas ressalvou: "Hoje, que estamos bloqueados pelos ativos não lucrativos, os bancos têm que ser pró-ativos e ter capacidade de resposta".
Ainda assim, admitiu que "se não houver hipótese de o fazer sem recurso a suporte público", seria de admitir a entrada em cena da tal "rede pública" que mencionou, que passaria pela "titularização de crédito hipotecário que permitisse vender a investidores finais".
E realçou: "Nós sempre fomos a favor desta opção porque era a que menos consumia capital e menos impactava a dívida pública".
Ainda assim, Carlos Costa voltou a vincar que "o ideal é assegurar via mercado" a resolução do crédito mal parado da banca.
"Ficarei muito contente se algum banco encontrar alguém que lhe traga capital ao alienar esses ativos e simultaneamente reforçar a capacidade de financiamento à economia", assinalou.
De qualquer modo, segundo o governador, "neste momento, a questão não é crítica porque ainda não houve um regresso da forte procura de crédito".
Consolidação de crédito: Perdido com vários créditos? Organize-os, juntando todos numa só prestação
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com