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Lucro da mineira Vale cai 30 por cento no segundo trimestre
A mineira brasileira Vale anunciou hoje um lucro líquido de 3,585 mil milhões de reais (990 milhões de euros) no segundo trimestre, resultado que demonstra uma queda de 30% na comparação com o mesmo período do ano passado.
© Lusa
Economia Brasil
No balanço divulgado ao mercado, a empresa, uma das maiores do mundo na sua área de atividade, informou que a queda no lucro líquido aconteceu graças a provisão de 3,733 mil milhões de reais (1,03 mil milhões de euros) ligada à Samarco, empresa que controla no Brasil junto com a BHP Billiton.
A Samarco encontra-se com as atividades paralisadas após o rompimento de uma barragem na cidade de Mariana, em Minas Gerais, no dia 05 novembro do ano passado.
O acidente causou o maior desastre natural do Brasil e provocou 19 mortos.
Segundo a empresa, "a Samarco não consegue estimar com segurança o tempo e a forma com que suas operações serão retomadas. No entanto, a atual avaliação da Samarco aponta que a retomada das operações em 2016 é altamente improvável".
Tendo em vista as dificuldades de caixa da Samarco, a Vale estima que deve ser chamada a contribuir com 150 milhões de dólares (135 milhões de euros) para uma fundação criada neste semestre para cumprir um acordo de compensação firmado entre a Samarco, a justiça e o governo brasileiro.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da Vale no segundo trimestre ajustado deste ano somou 8,341 mil milhões de reais (2,30 mil milhões de euros), resultado que indica alta de 22% ante o mesmo período do ano passado.
A mineira também anunciou que houve uma redução dos investimentos de 81 milhões de dólares (72,9 milhões de euros) em relação ao primeiro trimestre. O valor total investido no período foi de 1,36 mil milhões de dólares (1,23 mil milhões de euros).
A dívida bruta cresceu de 31,4 mil milhões de dólares (28,2 mil milhões de euros) no primeiro trimestre para 31,8 mil milhões de dólares (28,6 mil milhões de euros) no segundo, com impacto cambial.
Já a dívida líquida caiu de 27,6 mil milhões de dólares (24,8 mil milhões de euros) para 27,5 mil milhões de dólares (24,7 mil milhões de euros) no mesmo período.
A companhia informou que "a queda da dívida líquida se deveu, principalmente, ao fluxo de caixa livre de 761 milhões dólares (685,6 milhões de euros) no segundo trimestre de 2016, que foi parcialmente compensando pelo impacto do câmbio na conversão da parcela da dívida denominada em real para dólar".
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