"É verdade que tivemos perdas com esse grupo privado mas não vou dizer o número", afirmou José de Matos em resposta a uma questão colocada por Moisés Ferreira, deputado do Bloco de Esquerda, na comissão parlamentar de inquérito ao banco público.
José de Matos assinalou, contudo, que "não houve um sinal de incumprimento até ao incumprimento. Até à derrocada [do GES]", em maio de 2014.
E realçou: "Não podíamos desconfiar de uma coisa quando o crédito era pago regularmente".
A 03 de agosto de 2014, o Banco de Portugal tomou o controlo do Banco Espírito Santo (BES) - braço financeiro do GES - depois de o banco privado ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades distintas.
No chamado banco mau ('bad bank'), um veículo que mantém o nome BES, ficaram concentrados os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas.
No 'banco bom', o banco de transição que foi chamado de Novo Banco, ficaram os ativos e passivos considerados não problemáticos.