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Governo angolano prevê endividar-se em mais 16,4 mil milhões em 2016

O Governo angolano prevê endividar-se em mais 16,4 mil milhões de euros em 2016, face ao inicialmente previsto no Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2016, elevando o 'stock' da dívida pública governamental a 71,4% do PIB.

Governo angolano prevê endividar-se em mais 16,4 mil milhões em 2016
Notícias ao Minuto

17:45 - 27/07/16 por Lusa

Economia Angola

Os dados constam do documento de "Reprogramação Macroeconómica do Executivo", que serve de base à revisão em curso do OGE de 2016 devido à quebra nas receitas do petróleo, e indicam que se ultrapassará o limite de 60% do Produto Interno Bruto (PIB) previsto na lei do regime jurídico de emissão e gestão da dívida pública direta e indireta em vigor em Angola.

Segundo o documento, a que a Lusa teve acesso, na revisão das contas de 2016, a previsão do 'stock' da dívida pública governamental - que não inclui as empresas públicas, como a Sonangol - sobe dos inicialmente previstos 49,2 mil milhões de dólares (44,7 mil milhões de euros), equivalente a 49,7% do PIB, para 67,3 mil milhões de dólares (61,2 mil milhões de euros).

O Governo angolano prevê assim endividar-se, conforme esta proposta, em mais 18,1 mil milhões de dólares (16,4 mil milhões de euros), face ao que estava inscrito no OGE aprovado em dezembro de 2015, dividindo-se entre financiamento interno e externo.

Este endividamento soma-se às necessidades de financiamento iniciais para 2016, que eram de 2,913 biliões de kwanzas (16 mil milhões de euros).

O Ministério das Finanças de Angola confirmou na sexta-feira à agência Lusa que "está em preparação" uma revisão do OGE de 2016, repetindo o que aconteceu em 2015, novamente devido à crise do petróleo.

A medida enquadra-se na reprogramação macroeconómica que o Governo revelou, em comunicado, a 11 de julho, revendo a previsão de crescimento do PIB angolano, face a 2015, dos iniciais 3,3% para 1,3%, e estimando que o défice das contas públicas ascenda não a 5,5% mas a 6,0% do PIB.

Angola enfrenta uma crise financeira e económica com a forte quebra (50%) das receitas com a exportação de petróleo devido à redução da cotação internacional do barril de crude, tendo em curso várias medidas de austeridade.

Angola desistiu, entretanto, das negociações sobre um eventual "programa de financiamento ampliado" do Fundo Monetário Internacional, pretendendo manter as conversações, iniciadas em abril, ao nível de consultas técnicas.

O apoio do FMI poderia chegar aos 4,5 mil milhões de dólares (quatro mil milhões de euros) a três anos.

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