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Goldman Sachs acusado de esconder ligações ao primeiro-ministro malaio

O Goldman Sachs foi objeto de uma queixa na justiça por parte de um acionista de um seu cliente por alegado conflito de interesses, ligado a um vasto escândalo implicando o fundo soberano malaio 1MDB, segundo fonte judicial.

Goldman Sachs acusado de esconder ligações ao primeiro-ministro malaio
Notícias ao Minuto

22:53 - 26/07/16 por Lusa

Economia Banco

A sociedade de capital-investimento Primus Pacific Partners depositou uma queixa num tribunal nova-iorquino contra o banco e Tim Leissner, ex-presidente do Goldman Sachs na Ásia do Sudeste.

O Goldman Sachs é acusado de ter dissimulado as suas ligações com o primeiro-ministro malaio, Najib Razak, aquando da aquisição por 1,7 mil milhões de dólares (1,55 mil milhões de euros), em maio de 2011, do banco EON Capital pelo Hong Leong Bank, um estabelecimento com laços estreitos com dois irmãos do primeiro-ministro.

O Goldman Sachs assessorava o EON, do qual o Primus possuía 20% do capital, enquanto mantinha ao mesmo tempo relações com a família Razak, acusa o queixoso.

Esta proximidade tinha conduzido o banco norte-americano a encorajar o EON Capital a aceitar uma oferta considerada "injusta e inferior ao seu valor fundamental", fustiga o Primus, que acrescenta que no início o Goldman Sachs tinha indicado ao conselho de administração que o preço proposto era insuficiente.

"A flagrante falta profissional do Goldman Sachs, aparentemente, fazia parte de um plano mais vasto para ganhar os favores do primeiro-ministro, a fim de obter negócios na Malásia", concluiu o Primus.

"Vamos contestar vigorosamente esta queixa", respondeu o Goldman Sachs, sublinhando que o queixoso já tinha perdido um processo judicial na Malásia sobre esta questão em 2011.

O Primus reclama 510 milhões de dólares de indemnização.

Esta ação judicial é lançada no momento em que as autoridades dos EUA e da Malásia pressionam o fundo soberano 1Malaysia Development Berhad (1MDB).

Na semana passada apreenderam 163 milhões de ativos, apartamentos de luxo, um avião privado e até 'royalties' do filme "O Lobo de Wall Street", produzido por uma sociedade relacionada com o 1MDB.

Em março, fontes conhecedoras do caso indicaram à AFP que os EUA queriam interrogar Leissner, que representou o Goldman Sachs em transações entre o 1MDB e o banco de negócios norte-americano.

Tim Leissner saiu do Goldman Sachs em fevereiro, depois de um inquérito interno, revelou uma outra fonte. Nenhuma acusação de má prática lhe foi feita.

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