Aumento de quota da sardinha terá impacto nas exportações de conservas
A Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, considerou hoje que o aumento da quota da pesca de sardinha em Portugal terá "um impacto muito positivo nas exportações das conservas nacionais"
© Global Imagens
Economia Ministra
A governante, que hoje fez uma visita a uma fábrica de conservas de peixe, na Póvoa de Varzim, destacou a importância deste setor para o país, lembrando que por ano são exportados 200 milhões de euros de conservas produzidas em Portugal.
"O aumento da quota da sardinha é uma boa notícia para os pescadores, mas também para a indústria. O que nos diferencia é usarmos sardinha portuguesa, e se não tivermos capacidade de pesca não conseguimos sobressair neste setor", considerou a ministra.
Ana Paula Vitorino lembrou que a Comissão Europeia aceitou a pretensão do governo português e autorizou o aumento da quota de pesca de sardinha para 17 mil toneladas, a ser repartida com Espanha na proporção de dois terços para portugueses e um terço para espanhóis, e o prolongamento da sua captura até ao final de outubro.
"Recordo que o aconselhamento inicial do Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES, na sigla em Inglês) era de 1584 toneladas para este ano. Depois houve uma segunda abordagem em que fixaram as 14 mil toneladas, mas ainda conseguimos aumentar 3 mil toneladas", apontou.
A ministra atribuiu o sucesso das negociações com a União Europeia aos dados recolhidos pelas expedições científicas feitas, mas, sobretudo, à boa capacidade dos pescadores em gerirem os 'stocks'.
"Foi um esforço incrível aquele que os pescadores têm feito para gerir de forma mais sustentável este recurso, mas que agora, estando em recuperação, tem as suas recompensas para o setor e para indústria", vincou Ana Paula Vitorino.
A governante aproveitou ainda a visita à fábrica de conservas "A Poveira" para dar conta da abertura de um novo fundo europeu que ajudará o desenvolvimento da indústria conserveira nacional.
"Existem cerca de 27 milhões de euros para projetos de eficiência energética e aumento capacidade produtiva, o que a serem bem aproveitados irá consolidar a nossa posição como exportadores de referência destes produtos", vincou.
Da parte da fábrica de Conservas "A Poveira", o administrador Rui Marques considerou que o aumento da quota de pesca de sardinha para Portugal veio retirar alguma ansiedade por parte da indústria.
"Estávamos muito preocupados, porque dos poucos produtos nacionais que é uma mais-valia ter o nome de Portugal é nas conservas de sardinha, e sem matéria-prima não podemos nos diferenciar", comentou o empresário.
Rui Marques lembrou que "muitos clientes pedem para meter nos rótulos que é um produto feito com sardinha portuguesa", vincando que quase toda a produção é escoada para o estrangeiro, vendo com bons olhos os fundos europeus disponibilizados para melhorar a capacidade produtiva.
"As candidaturas que podemos fazer, sobretudo na área da eficiência energética, vai-nos permitir sermos mais competitivos", perspetivou.
A Comissão Europeia comunicou ao Governo que aceitou a sua pretensão de aumento da quota de pesca de sardinha para 17 mil toneladas, disse, na última sexta-feira, a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, à Agência Lusa.
"Temos excelentes notícias. A Comissão comunicou-nos que compreendia, aceitava e acolhia os nossos argumentos para o aumento da quota para este ano", afirmou a governante.
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