Ulrich invoca confidencialidade para evitar questões sobre compra
O presidente do Banco BPI, Fernando Ulrich, confirmou hoje que a entidade assinou um acordo de confidencialidade com o Fundo de Resolução para ter acesso à informação sobre o Novo Banco, sem fazer mais comentários sobre a operação.
© Reuters
Economia Novo Banco
"É verdade que o BPI assinou um compromisso de confidencialidade com o Fundo de Resolução para ter acesso à informação e estudar o dossiê", afirmou o gestor durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados semestrais do banco, em Lisboa.
E reforçou: "É verdade e é verdade que o BPI assinou esse compromisso de confidencialidade. Mas não faço nenhum comentário sobre o Novo Banco. É a única maneira de eu ter a certeza absoluta que não violo o acordo de confidencialidade".
No final de junho, o Banco de Portugal revelou que recebeu quatro propostas para a compra do Novo Banco, sem revelar o nome das entidades interessadas.
"O Banco de Portugal recebeu quatro propostas de aquisição, cuja análise agora se inicia à luz dos critérios de admissibilidade e seleção estabelecidos no caderno de encargos, divulgado no passado mês de abril", lê-se na nota à imprensa do regulador e supervisor bancário.
Os interessados em adquirir o Novo Banco - o banco de transição que ficou com os ativos e passivos considerados não problemáticos do BES - tinham até ao final do mês de junho para apresentar propostas.
Segundo a imprensa, foram seis as entidades interessadas que pediram acesso à informação financeira confidencial, sendo esses os bancos BCP, Santander, BPI e os fundos Apollo, Centerbridge e Lonestar.
A Lusa confirmou a informação avançada na comunicação social de que nem BCP nem Santander apresentaram propostas.
O Banco de Portugal tem como objetivo concretizar a venda do Novo Banco este verão, depois de o processo ter sido suspenso em setembro do ano passado, sendo que o prazo para fazer a alienação ainda se prolonga até agosto de 2017.
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