CaixaBank mantém calendário para a OPA "com normalidade"
O espanhol CaixaBank mantém o processo de OPA (oferta pública de aquisição) sobre o BPI dentro do calendário definido, ou seja "até ao último trimestre do ano", e "com normalidade", disse hoje fonte oficial do banco catalão à Lusa.
© Reuters
Economia Banca
"O processo da OPA continua com normalidade. Não se altera o calendário. Está previsto que se realize até ao último trimestre" de 2016, disse a fonte contactada, quando questionada sobre o adiamento, decidido hoje, até 06 de setembro, da assembleia-geral do BPI sobre a desblindagem de estatutos.
O Banco BPI anunciou hoje que a assembleia-geral que vai deliberar sobre a desblindagem de estatutos está marcada para 06 de setembro, depois de a reunião desta manhã ter sido suspensa por 45 dias.
Na sequência de uma proposta apresentada pelo representante do banco espanhol CaixaBank, a assembleia-geral aprovou, "por 85,02% dos votos expressos, a suspensão dos seus trabalhos e a continuação dos mesmos para o próximo dia 06 de setembro de 2016, às 10:00", conclui o banco.
Após a suspensão da reunião, o presidente do Conselho de Administração do BPI, Artur Santos Silva, lembrou que havia duas propostas que visavam a desblindagem dos estatutos do banco (uma do acionista Violas Ferreira e outra do Conselho de Administração), tendo sido proposto pelo presidente da mesa da assembleia-geral que a proposta do Conselho de Administração fosse votada primeiro, seguindo a aplicação da lei que permite remover os limites de voto acima de 20% (regra que faz com que qualquer acionista só possa votar no máximo com 20%, independentemente do capital social que detenha).
Chegado o momento de votação da proposta do Conselho de Administração, "o representante do acionista Violas Ferreira disse que tinha sido decretada [na quinta-feira] uma providência cautelar que impedia a assembleia de votar a proposta do Conselho de Administração", momento em que a reunião foi interrompida para que a mesa pudesse tomar "conhecimento da justificação dessa providência cautelar".
Assim, de acordo com Santos Silva, a providência cautelar foi aceite pelo juiz porque o projeto de ata divulgado aquando da deliberação da realização da assembleia-geral ainda não estava aprovado, o que só acontecerá na próxima reunião do Conselho de Administração, na terça-feira.
O banco espanhol CaixaBank, que tem 45% do capital social, é a favor do fim da limitação de votos, enquanto a 'holding' angolana Santoro, de Isabel dos Santos e que tem 19%, é contra.
São ainda acionistas do BPI a seguradora Allianz (8,4%) e a família Violas (2,68%).
A Oferta Pública de Aquisição (OPA) do Caixabank sobre o BPI, foi lançada pelo banco espanhol na sequência do fracasso de negociações com Isabel dos Santos.
Os espanhóis oferecem 1,113 euros por ação, mas a oferta está condicionada à eliminação dos limites aos direitos de votos dos acionistas, pelo que se a proposta de desblindagem de estatutos não avançar a OPA também deverá cair por terra.
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