Governo pede a empresas e universidades "trabalhem em conjunto"
O ministro da Ciência, tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, pediu hoje, em Matosinhos, distrito do Porto, a empresas e universidades "que trabalhem em conjunto" para "criar emprego", sobretudo qualificado.
© Global Imagens
Economia Manuel Heitor
"Estamos aqui para lançar um novo desafio para a maturidade do desenvolvimento científico português e para pedir-vos que trabalhem em conjunto, sobretudo para criar emprego, emprego qualificado em Portugal, atraindo portugueses e estrangeiros que queiram em Portugal criar valor económico", afirmou Manuel Heitor, que falava na cerimónia de lançamento de Laboratórios Colaborativos nas áreas aeroespacial e da mobilidade elétrica, no CEiiA - Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto.
Para o ministro, "lançar estes laboratórios não é um prémio, estes laboratórios são mais trabalho para o futuro, mas trabalho que vale a pena, sobretudo reforçando instituições que possam perceber a intermediação entre conhecimento, que tem as suas escalas, e o desenvolvimento económico, que obviamente segue regras e conceitos diferentes".
"Ligar as instituições de ensino superior com as empresas requer hoje um conjunto de instituições como esta, que tem que ter a sua própria autonomia, mas num contexto de abertura e diálogo com os vários tipos de setores. Esperamos a mobilização de atores locais, regionais, nacionais, mas sempre a ambição internacional, porque a criação de valor requer o acesso a mercados internacionais assim como a atração de investimento estrangeiro", sustentou Manuel Heitor.
Na cerimónia de hoje, no CEiiA, foi assinado um memorando de entendimento para a colaboração entre empresas, autarquias, centros de investigação associados a instituições do ensino superior e centros de engenharia para lançar Laboratórios Colaborativos nas áreas aeroespacial e da mobilidade elétrica.
Estes laboratórios têm como objetivo vir "a estimular o emprego qualificado e o desenvolvimento económico" através da colaboração entre todas as instituições e empresas.
O "estímulo" ao desenvolvimento destes laboratórios enquadra-se no Plano Nacional de Reformas e visa, de acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, "facilitar a densificação do território em termos de atividades baseadas no conhecimento".
"Pretende-se reforçar e desenvolver instituições orientadas para criar valor económico e mobilizar a capacidade de produção industrial, através de incentivos à cooperação entre instituições científicas e de ensino superior com o tecido económico e as empresas, potenciando a criação de emprego qualificado".
O ministro frisou que o país precisa "mais do que nunca de crescer" e "fazer crescer a cooperação entre empresas e o sistema científico".
"Percebemos que inovar neste contexto europeu e mundial requer perceber estes arranjos colaborativos e que são, em si só, um desafio, [precisamos] capacitarmo-nos para empregos que daqui a dez anos não são aqueles que hoje conhecemos", sustentou.
Na cerimónia foi ainda assinado um contrato de consórcio entre instituições de ensino superior e empresas para o desenvolvimento de um veículo elétrico interativo, que será experimentado em seu tempo pelo primeiro-ministro, António Costa.
Presente na cerimónia, Costa adiantou ter já combinado com o CEiiA que será ele a testar o veículo quando este estiver já em fase de circular.
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