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CNA acusa Ministério de erro com apoios à redução de produção de leite
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) acusou hoje o Ministério da Agricultura de estar a cometer um erro estratégico ao insistir nos apoios para reduzir a produção de leite, seguindo as decisões da União Europeia.
© Global Imagens
Economia Capoulas Santos
"É mais um (grave) erro estratégico que o Ministério da Agricultura comete, ao insistir, durante meses, na atribuição deste tipo de Ajudas para estimular a redução da Produção Nacional de Leite", diz a CNA num comunicado.
Segundo a CNA "Portugal necessita de Ajudas mas para produzir mais e ainda melhor" leite.
Para a confederação, a "ajuda especial" decidida no Conselho Agrícola europeu de segunda-feira, para apoiar a redução voluntária da produção de leite, "não garante a resolução da crise do leite porque não vem restabelecer o equilíbrio entre a oferta e a procura e não garante o aumento dos preços do leite na produção".
"Note-se que, de há um ano e pouco para cá, desde o fim das "Quotas Leiteiras", alguns países como a Irlanda, o Luxemburgo, a Bélgica, a Holanda, etc, aumentaram, e bastante, a sua Produção de Leite ao contrário daquilo que acontece em Portugal", alerta a CNA no seu comunicado.
A CNA considera que a redução voluntária financiada, seja pelos orçamentos nacionais, seja pelo orçamento comunitário, "serve é para deslocalizar a Produção Leiteira de umas Regiões para outras e serve para concentrar a Produção, ainda mais, nas maiores Explorações Leiteiras".
"Entretanto, os Produtores Nacionais de Leite estão a perder dinheiro para continuar a produzir. Os Preços à Produção mantêm-se em baixa acentuada -- em média, estão a 26 cêntimos o litro -- enquanto que o mesmo litro de Leite custa, ao Produtor, na ordem dos 33 cêntimos para ser produzido", afirma a confederação.
Por isso, a CNA "reclama ao Ministério da Agricultura e aos compradores, o aumento do preço do leite à produção".
Reclama ainda a regulamentação da atividade dos hipermercados, que acusa de esmagarem a produção nacional com a sua "ditadura comercial"
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