Segundo o diário El Universal, citado pelo La Razón, o FMI solicitou na semana passada os números oficiais e o Governo de Nicolas Maduro aceitou fornecê-los.
Isto não acontecia desde 2004, quando o falecido Presidente Hugo Chávez mandou encerrar os escritórios do FMI na Venezuela e advogou, embora sem uma decisão firme, a saída do país da organização multilateral.
Nem o Banco Central da Venezuela nem o FMI se pronunciaram sobre a decisão do Governo venezuelano.
No início do ano, o Banco Central da Venezuela revelou que a inflação acumulada rondava os 180,9% e que o Produto Interno Bruto (PIB) se contraiu em 5,7% em 2015.
O deputado da Mesa da Unidade Democrática (oposição) e presidente da Comissão de Finanças, Alfonso Marquina, disse ao La Razón que a entrega de dados é uma reação desesperada de Maduro ao sentir-se asfixiado pela pressão interna e internacional.
"Pode ser um esforço para conseguir financiamento por essa via. A vantagem é que é um passo para acabar com a opacidade e falta de informação existente na economia da Venezuela e que faz com que estejamos no meio da incerteza", disse o deputado.