"É uma empresa que já cresceu, mas que ainda tem a ambição de nos próximos quatro ou cinco anos duplicar a faturação a nível mundial", disse Manuel Caldeira Cabral.
Em declarações aos jornalistas, referiu que "a Frulact tem hoje 600 trabalhadores, fatura mais de 100 milhões de euros, está a expandir-se e a fazer novos investimentos e isso é um bom exemplo para empresas como as que estamos a apoiar no Startup Portugal".
"É também um bom exemplo de que essas empresas não têm de estar na área do software ou na área de tecnologias espaciais, muitas delas vão estar na área do alimentar, da moda, do vestuário, do calçado, na cortiça, em tantas áreas muitas vezes ligadas aos setores tradicionais", disse.
Para o ministro, esta empresa é também exemplar por ter começado "há 20 e tal anos numa garagem, que cresceu porque tinha um modelo de negócio diferente e porque soube continuar a apostar na inovação".
Salientou ainda que "investe fortemente na inovação, mostrando que uma área que era tida como tradicional pode ter negócios que têm tudo menos esse epiteto de tradicional, porque são negócios extremamente inovadores em que a criação de valores está baseada na inovação".
A Frulact é uma empresa familiar portuguesa, que detém atualmente oito unidades fabris em três continentes e cinco países (duas em Marrocos, uma em França, uma na África do Sul, três em Portugal e uma em fase de construção no Canadá).
A empresa optou por iniciar a sua estratégia de internacionalização para o continente norte-americano através do Canadá. Neste sentido, está a construir de raiz uma fábrica em Kingston, Ontário, um local que considera estratégico uma vez que dista cerca de 30 quilómetros da fronteira com os EUA.
Tendo como clientes-alvo os principais players globais da indústria alimentar -- embora não exclusivamente -- nos setores dos iogurtes, gelados, bebidas e pastelaria industrial, o Grupo Frulact conta, na sua carteira de clientes, com as principais marcas do setor dos laticínios a nível mundial.
Nesta sua deslocação, o ministro da Economia visitou também o Frutech -- Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI) da empresa, unidade que tem como objetivo nuclear potenciar a capacidade da Frulact para o desenvolvimento de novos produtos e inovação de forma a aumentar a capacidade de resposta às solicitações dos clientes, reduzir o 'time-to-market' (tempo que vai entre a conceção e a venda de um produto) e ajustar rapidamente a produção às mudanças tecnológicas, tendo em conta a eficiência energética e o impacto ambiental.
Este centro inclui instalações piloto, laboratórios de microbiologia alimentar e de caracterização físico-química e sensorial de fruta e seus derivados.
A empresa investe em IDI 2,8% do seu volume de negócios e emprega mais de 45 técnicos nesta área.