Meteorologia

  • 04 MAIO 2024
Tempo
13º
MIN 13º MÁX 20º

Manutenção do Reino Unido na UE seria melhor para Portugal

O economista João Ferreira do Amaral defendeu hoje que a manutenção do Reino Unido na UE "era melhor" para Portugal, mas que uma eventual saída não será "uma catástrofe" nem para a Grã-Bretanha, nem para a Europa.

Manutenção do Reino Unido na UE seria melhor para Portugal
Notícias ao Minuto

17:03 - 17/06/16 por Lusa

Economia Ferreira do Amaral

"Embora eu seja um grande crítico da União Europeia [UE], penso que para Portugal era melhor que o Reino Unido se mantivesse. Por um lado, porque tem uma posição que está muito mais próxima da minha em relação ao vetar demasiados avanços em termos de centralismo na União Europeia, que penso que é o pecado da UE, e, por outro lado, porque é importante para Portugal que os nossos emigrantes no Reino Unido continuem a ter os mesmos direitos que os próprios trabalhadores do Reino Unido e isso só se consegue se este continuar a pertencer à UE", afirmou Ferreira do Amaral.

Em declarações aos jornalistas à margem da conferência 'Queremos mais Europa? Que Europa?', promovida hoje no Porto pela representação da Comissão Europeia em Portugal, o economista desvalorizou o impacto que poderá ter a vitória do sim à saída do Reino Unido no referendo de quinta-feira.

"Uma coisa é a perturbação pré [referendo], em que toda a gente se está a posicionar, outra coisa é o pós [referendo]. Penso que pode haver alguma turbulência nos dias a seguir, mas a tendência será para uma estabilização em termos económicos e monetários. Portanto, não creio que a saída do Reino Unido da União seja uma catástrofe nem para o Reino Unido, nem para a União Europeia", sustentou.

Ainda assim, Ferreira do Amaral considera que um 'Brexit' seria "um passo atrás" no processo de integração "cujo próprio culpado é a União Europeia, que avançou demais em domínios onde não devia ter avançado".

"O Reino Unido está a reagir a isso e acho que legitimamente. A União Europeia, principalmente a partir do Tratado de Maastricht, transformou-se numa coisa diferente do que tinha sido até aí: em vez de ser uma instituição basicamente preocupada com garantir a paz, a segurança e o progresso económico na Europa, passou a ser uma instituição vocacionada para a criação de um superestado europeu e o Reino Unido reagiu a isso, no meu ver com toda a legitimidade", considerou.

Admitindo que, a concretizar-se a saída do Reino Unido, "outros países poderão seguir essa via, em particular países do Leste ou nórdicos", João Ferreira do Amaral confessa que, crítico que é em relação à ideia da "criação dos Estados Unidos da Europa", não o "preocupa muito que esta União Europeia volte atrás".

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório