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Empresários portugueses procuram internacionalização em Cabo Verde

Seis empresas portuguesas das áreas de construção, medicina, educação, artes e consultadoria integram uma missão da Associação Industrial de Portugal que durante esta semana visita Cabo Verde para promover a internacionalização dos seus negócios.

Notícias ao Minuto
Lusa
24/05/2016 15:25 ‧ há 9 anos por Lusa

Economia

Negócio

"Esta missão visa trazer a Cabo Verde empresários que procuram a sua internacionalização através de negócios aqui no arquipélago. Vimos cá encontrar empresários portugueses com empresários cabo-verdianos dentro das áreas de atividade e fazer com que estes empresários contactem com membros do Governo para perceberem das oportunidades de negócio que possa haver no país", explicou o coordenador da missão e consultor da AIP-CCI, António Rodrigues.

António Rodrigues adiantou que integram a missão "empresas conceituadas" em Portugal, que já trabalham em outros países lusófonos, como Angola e Timor-Leste, e querem expandir-se para Cabo Verde.

"Qualquer mercado é bom, não é o tamanho que conta. Cabo Verde é um país credível, respeitado e com perspetivas, que tem agora um novo ciclo político", disse, sublinhando que estes empresários "fizeram bem em tentar a sorte".

Os empresários portugueses, que segunda-feira chegaram à cidade da Praia, dedicam o dia de hoje a contactos bilaterais com empresários cabo-verdianos num hotel da capital e deverão encontrar-se com representantes da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços do Sotavento.

Na segunda-feira, os empresários estabeleceram alguns contactos institucionais e estiveram reunidos com empresários cabo-verdianos e com o representante local da AICEP-Portugal, partindo na quarta-feira para São Vicente, também para encontros com empresários e com a Câmara de Comércio do Barlavento.

Regressam à cidade da Praia na quinta-feira, para contactos com membros do Governo, esperando poder ser recebidos pelo primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva, segundo explicou António Rodrigues.

Bruno Cunha, empresário na área dos simuladores médicos para a educação e treino na saúde, integra pela primeira vez uma missão empresarial a Cabo Verde e aponta as perspetivas num país que acaba de abrir a primeira licenciatura em medicina.

Representa a MedsimLab, empresa que surgiu na incubadora de negócios do instituto Pedro Nunes, em Coimbra, que está já presente em Angola e Moçambique.

"Viemos apresentar os nossos equipamentos médicos em Cabo Verde uma vez que o país está a desenvolver o curso de medicina", disse, em declarações à agência Lusa, sublinhando que a empresa não se dedica apenas à comercialização de equipamentos, mas concebe "centros de simulação de raiz para que os profissionais de saúde possam desenvolver ou fazer o reforço das suas competências".

Apesar de estar apenas no início da missão, adiantou que já é possível perceber que em Cabo Verde há "muita matéria de trabalho" e garante que a empresa quer fazer no país uma aposta de longo prazo.

Em Portugal, segundo Bruno Cunha, a empresa trabalha com as principais faculdades de medicina e escolas de enfermagem e tem projetos com as principais faculdades de medicina e hospitais universitários de Angola e Moçambique.

Para já, adianta, o objetivo é apenas o mercado cabo-verdiano, mas não descarta a hipótese de o país poder servir de ponte para outras apostas na região.

Para Pedro Frederico, que tem, desde 2014, um projeto de instalação em Cabo Verde de painéis digitais e iluminação 'led', esta missão da AIP é mais uma oportunidade para fazer contactos.

O empresário representa a Netscreen, empresa do grupo Digidelta, de Torres Novas.

"Aproveitamos esta missão para fazer mais contactos e para finalizarmos o nosso projeto", disse Pedro Frederico.

Sobre o balanço da presença da empresa em Cabo Verde, o empresário admite que não foi ainda possível atingir as metas estabelecidas.

"O balanço é positivo em termos de contactos, mas a verdade é que já estamos cá há dois anos e não temos ainda os resultados pretendidos. Mas é para isso que estamos aqui mais uma vez", adiantou.

O empresário entende o investimento em Cabo Verde como "um teste piloto, numa dimensão mais pequena, para conseguir chegar a outros mercados".

A Digidelta é uma empresa portuguesa com 30 anos e além da tecnologia 'led', tem também como área de negócios os consumíveis para impressão.

Anualmente fatura cerca de 45 milhões de euros, sendo que a exportação está a ganhar um peso crescente na atividade da empresa, que está também presente em Angola, segundo Pedro Frederico.

Marta Cabral, responsável pela área de internacionalização da Associação Industrial Portuguesa - Câmara de Comércio e Indústria (AIP-CCI) explicou à agência Lusa que a missão empresarial se enquadra no projeto de internacionalização de empresas portuguesas promovido pela AIP-CCI.

"Foram selecionados um conjunto de países onde os empresários portugueses vão à procura de novas oportunidades de negócios e de expandir para outros mercados. É claro que os países da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) não podem ficar de fora pela proximidade com este tipo de mercados", disse.

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