Segundo Jorge Pinto, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), os trabalhadores do Continente pretendem ter uma atualização salarial, que não acontece desde 2010.
O sindicalista afirmou também que esta concentração visa "dar voz e denunciar" outras situações que ocorrem nos hipermercados Continente, designadamente de "assédio moral".
"Há assédio moral por todas as lojas do país", disse, acrescentando que os trabalhadores são "pressionados" a mudar e prolongar horários, por exemplo.
À agência Lusa, o Continente Hipermercados assegurou que "A Sonae cumpre escrupulosamente todas as condições inerentes ao Contrato Coletivo de Trabalho do setor da distribuição, contrato este da responsabilidade da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED)".
Também a "precariedade instalada na empresa" foi referida à Lusa pelo CESP, bem como a existência de "problemas de higiene e saúde no local de trabalho".
José Pinto afirmou que os trabalhadores que se magoam não são encaminhados para o seguro de trabalho mas para o Serviço Nacional de Saúde.
O dirigente sindical reivindicou ainda a concretização da negociação do contrato coletivo de trabalho.
O Continente Hipermercados refere que, "em matéria de gestão de recursos humanos, e particularmente no que respeita à Saúde e Segurança no Trabalho, a Sonae orgulha-se de apresentar as melhores práticas a nível nacional".
"A segurança dos nossos colaboradores é para nós um valor inegociável, para o qual continuaremos a trabalhar todos os dias", acrescenta.