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É possível viver uma reforma feliz?

Um artigo da autoria de João Morais Barbosa, da marca Doutor Finanças, que o ajudará a planear uma reforma (mais) feliz.

É possível viver uma reforma feliz?
Notícias ao Minuto

08:30 - 09/04/16 por Notícias Ao Minuto

Economia Doutor Finanças

O debate em torno da sustentabilidade do Sistema Público de Reformas é uma realidade incontornável. Em Portugal, quando falamos de mudanças temos sempre a tentação de polarizar argumentos, em ambos os sentidos, postura que acaba por causar o imobilismo.

Neste contexto e tendo em conta que os problemas não se resolvem sozinhos ou por magia, assistimos a uma cada vez maior descrença relativamente à “eventualidade” de virmos a ter reformas. Assim, torna-se urgente conhecer a realidade, os factos, para formular um julgamento informado.

A Demografia Não Perdoa

Quando falamos de reformas temos de considerar que o atual esquema de pagamento está assente numa lógica de repartição. Ou seja, são os colaboradores no ativo que pagam as reformas dos nossos reformados. Se este modelo funcionava quando tínhamos elevadas taxas de natalidade e quando a esperança média de vida era de 65 anos, deixa de ser tão válido num ambiente em que gozamos das mais baixas taxas de natalidade do mundo e em que (felizmente) vivemos muitos anos (em média) enquanto reformados.

As Sociedades “Maduras” têm um problema

O problema da sustentabilidade da Segurança Social não é um problema exclusivamente português. Na realidade, vários países na Europa estão a fazer reformas de modo a se ajustarem a uma nova realidade. Se associarmos a já referida demografia ao elevado endividamento das famílias, das empresas e dos Estados e ao reduzido, nulo ou mesmo negativo crescimento económico… não será difícil de perceber que teremos um problema sério em mãos.

Programa Nacional de Reformas Ignora o Problema

Sendo um problema demasiado sério para continuar a ser ignorado não deixa de ser curioso que o Programa Nacional de Reformas apresentado recentemente pelo Governo não faça qualquer referência a estratégias que procurem promover uma maior sustentabilidade e justiça deste modelo (justiça para os reformados e justiça para os que contam reformar-se no futuro).

Como é possível viver uma reforma feliz?

Tendo em consideração este cenário e sendo certo que a generalidade das pessoas se quer reformar, torna-se fundamental preparar este período. Começar a preparar as reformas o quanto antes irá ajudar-nos a conseguir atingir os nossos objetivos. João Morais Barbosa e Luís Alvarenga procuraram responder a esta e outras questões no seu livro ‘Viva uma Reforma Feliz’, livro publicado pela Manuscrito em Março. Deixam-nos algumas estratégias:

Preparar a Reforma – É preciso saber quais os nossos objetivos e mensurá-los em termos financeiros, de modo a poder definir objetivos de Poupança;

Reformar DE ou Reformar Para – Os nossos reformados serão cada vez mais ativos e devem olhar para este tempo como a possibilidade para realizar os seus sonhos e ter tempo para fazer aquilo que sempre desejaram. Olhar para a reforma como “fugir do chefe” ou da rotina pode ser perigoso. A reforma não é só dinheiro, apesar de ser preciso dinheiro para podermos pagar as nossas despesas.

Começar a poupar já hoje – Podendo parecer impossível poupar, inúmeros exemplos nos demonstram que com algumas estratégias práticas é possível reduzir os custos e acumular algum património em contas poupança. A melhor estratégia passa por constituir o seu Plano Poupança Reforma (que tem inúmeros benefícios fiscais) com entregas periódicas automáticas. Não há um valor teórico de poupança. Comece com o que é possível e vá sendo mais exigente à medida que conseguir (quanto mais cedo começar maior o impacto dos juros compostos).

Conheça os produtos financeiros ao seu dispor – Os portugueses são considerados financeiramente como conservadores. Quer isto dizer que procuram a segurança absoluta dos seus investimentos e não querem correr riscos. Num ambiente de taxas de juro perto de zero, os produtos de aforro mais populares deixam de ter qualquer atrativo (falamos de depósitos a prazo ou mesmo certificados de aforro). Assim, caso queira manter o seu poder de compra terá de assumir alguns riscos (calculados e bem geridos).

Corte custos – Pode ser impossível poupar mantendo os mesmos hábitos de sempre. Talvez seja preciso repensar alguns dos nossos hábitos, pensando sempre que a poupança servirá para realizar os nossos sonhos e desejos e não olhar para este hábito como um sacrifício sem sentido.

É possível viver uma reforma feliz. A felicidade é algo subjetivo e temos de saber o que significa no nosso caso concreto. Sendo certo que as reformas estão a reduzir-se e que as camadas mais jovens irão contar com reformas que não ultrapassam os 65% do seu último salário… torna-se necessário poupar. Se começarmos a preparar mais cedo os sacrifícios serão menores e o caminho torna-se menos tortuoso.

Pode consultar o site do Doutor Finanças aqui.

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